Voto impresso volta a ser defendido por deputados durante
audiência pública
Os deputados Esperidião Amin (PP-SC),
Silas Freire (PR-PI), Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Fábio Sousa (PSDB-GO) manifestaram
dúvidas a respeito da segurança do sistema eleitoral brasileiro durante a
reunião da CPI de Crimes Cibernéticos que debateu a votação eletrônica. Os
parlamentares acreditam que os votos impressos poderiam garantir uma recontagem
em caso de suspeitas.
O voto impresso estava previsto na
chamada minirreforma eleitoral, aprovada em setembro pelo Congresso, mas o
dispositivo foi vetado pela presidente Dilma Roussef há pouco mais de um mês.
Dúvidas
Os deputados manifestaram dúvidas sobre a
segurança do sistema aos aos representantes do Tribunal Superior Eleitoral
presentes à reunião, José de Melo Cruz, coordenador de Sistemas Eleitorais; e
Giuseppe Janino, Secretário de Tecnologia da Informação.
Esperidião Amin deu como exemplo o caso
de um município catarinense onde a urna, apesar de ter colhido os votos, falhou
na hora da contagem, prejudicando os candidatos.
“Este caso foi devido a um mau funcionamento da urna.
Não deu para recuperar os dados nesse caso porque houve uma pane, que não
permitiu a checagem dos votos”, disse Janino.
“Mas, se houvesse o voto impresso, os votos poderiam
ser contabilizados”, rebateu Amin.
“Nem assim seria possível garantir a lisura do
resultado, já que o mau funcionamento foi na memória”, disse o secretário de
Tecnologia do TSE.
“Não posso concordar com essa resposta”, contestou
Amin.
Janino garantiu que, mesmo sem os votos impressos, a
votação pode ser auditada – sem que se descubra em quem o eleitor votou.
Aumento da fiscalização
Janino e Cruz anunciaram que o TSE vai
aumentar o número de órgãos que podem fiscalizar as urnas e o sistema seis
meses antes das eleições. Além dos partidos políticos, também poderão
participar o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal
e a Controladoria Geral da União.
“A fraude é inviável. As barreiras de segurança são
inúmeras e diversificadas. É possível quebrar um lápis, mas é muito mais
difícil quebrar dez lápis juntos”, disse o Secretário de Tecnologia da
Informação.
Fonte: Agência Câmara Noticias
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