Casos suspeitos de
microcefalia chegam a 2.975, diz Saúde.
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (29)
que foram registrados em todo o país 2.975 casos suspeitos de microcefalia em
recém-nascidos. Além disso, 40 mortes suspeitas de microcefalia relacionada ao
zika vírus são investigadas. Os dados foram compilados até o dia 26 de dezembro
em 656 municípios de 20 unidades da federação. O
número de casos suspeitos subiu desde o último boletim divulgado pelo Ministério na semana passada,
com o registro de 2.782 casos suspeitos.
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce
com o crânio do tamanho menor do que o normal. A malformação é diagnosticada
quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 32 cm – o esperado é que
bebês nascidos após nove meses de gestação tenham pelo menos 34 cm.
A principal hipótese discutida para o aumento de casos
de microcefalia está relacionada a infecções por zika vírus, que foi
identificado pela primeira vez no país em abril deste ano. O vírus é
transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a dengue e o chikungunya.
Dos 20 estados com casos suspeitos, três apresentaram
diminuição de casos – TO, MG e MT – nove permaneceram com números iguais, e
oito apresentaram aumento de casos. A nota divulgada pelo Ministério não
especifica quais estados tiveram números iguais e quais tiveram aumento.
O estado com maior número de casos suspeitos registrados
é Pernambuco, com 1.153, o primeiro local a identificar aumento drástico da
anomalia. Em seguida, estão os estados da Paraíba (476), Bahia (271), Rio
Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (129), Maranhão (94)
e Piauí (51).
Em novembro, o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública para dar agilidade às investigações,
que são realizadas de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais
de saúde.
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