Forças Armadas vão combater Aedes
aegypti a partir de janeiro no RN.
A partir de janeiro, militares do Exército, Força Aérea
Brasileira e Marinha do Brasil entrarão em campo para combate o Aedes aegypti
no Rio Grande do Norte. Em coletiva de imprensa na tarde de hoje (9), a
Secretaria de Estado de Saúde Pública confirmou o reforço dos militares no
combate ao mosquito em oito municípios potiguares. Uma capacitação será
realizada entre os dias 22 e 23, 29 e 30 de dezembro. De acordo com o
Ministério da Defesa, 700 militares vão atuar no RN.
As equipes serão compostas por dois militares e um agente de
endemias, irão percorrer as casas, diariamente, para identificar focos do
mosquito. De acordo com a Sesap, foram escolhidos municípios que concentram 80%
da incidência dos casos de dengue do estado; entre eles estão Natal,
Parnamirim, Macaíba, Ceará-Mirim, Santa Cruz, Caicó, Assú e Mossoró.
"Eles
irão potencializar a ação dos agentes de endemias, com a identificação de
focos", afirma Cristiane Fialho, coordenadora da Vigilância Epidemiológica
da Sesap. Além do Exército, a Sesap também já dispõe de 21 carros fumacês para
apoiar os municípios, e se prepara para a aquisição de larvicidas e UBVs
portáteis.
Com a aproximação do verão, também se inicia o período de
proliferação do mosquito. Somente até dezembro, o RN registrou 26.854 casos
suspeitos de dengue, dos quais 5.642 foram confirmados. O sinal de alerta está
aceso porque o mosquito também dissemina a chikungunya -- com 4.033 casos
notificados no estado até dezembro, mas nenhum confirmado --, e 6.336 casos
suspeitos de Zyka Vírus, com 73 confirmações.
Microcefalia
Microcefalia
O Zyka Vírus tem contribuído para o surgimento de
malformações em recém-nascidos, a microcefalia sendo a principal destas.
Crianças com microcefalia apresentam perímetro cefálico com menos de 32
centímetros -- padrão mundial recém-adotado pelo Ministério da Saúde -- e, com
o cérebro reduzido, algumas funções podem ser comprometidas, como a visão,
audição e locomoção.
Até agora, 106 casos já foram registrados no Rio Grande do
Norte, em 35 municípios. De acordo com a Sesap, o Estado já está fechando o
protocolo sobre o referenciamento clínico e de reabilitação destas crianças,
inclusive com a publicação de uma nota técnica para os municípios sobre a
atenção básica.
Atualmente, o protocolo básico referencia os casos suspeitos
de microcefalia para o Hospital Universitário Onofre Lopes, para a realização
de exames complementares. A perspectiva, segundo a Sesap, é que os atendimentos
para reabilitação destas crianças sejam feitos pelo Centro Especializado em
Reabilitação (antigo CRI). Entretanto, a secretaria tenta contato com outros
serviços municipais que também possam receber a demanda.
"Estamos fazendo novas avaliações porque o CRI não vai ter condições de dar conta da demanda, até porque ele não trata apenas da microcefalia, mas de doenças raras e outras anomalias", afirmou o subcoordenador de Ações em Saúde, João Bosco Filho.
"Estamos fazendo novas avaliações porque o CRI não vai ter condições de dar conta da demanda, até porque ele não trata apenas da microcefalia, mas de doenças raras e outras anomalias", afirmou o subcoordenador de Ações em Saúde, João Bosco Filho.
Casos de Microcefalia por
município
106 casos suspeitos no RN
101 recém nascidos
5 em gestação
7 óbitos registrados no RN
35 municípios registraram casos suspeitos
34 em Natal
10 Mossoró
6 Parnamicim
5 Ceará Mirim
6 municípios registraram óbitos
2 Parelhas
1 Assu
1 Nova Cruz
1 Ceará Mirim
1 Natal
101 recém nascidos
5 em gestação
7 óbitos registrados no RN
35 municípios registraram casos suspeitos
34 em Natal
10 Mossoró
6 Parnamicim
5 Ceará Mirim
6 municípios registraram óbitos
2 Parelhas
1 Assu
1 Nova Cruz
1 Ceará Mirim
1 Natal
Fonte: Tribuna do Norte
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