Vacina para dengue
do Butantan será testada em 17 mil voluntários.
Já começou a fase 3 de testes clínicos da
vacina contra dengue do Instituto Butantan com o início da divulgação do
recrutamento de voluntários. A instituição espera selecionar 17 mil pessoas em
13 cidades para participarem da pesquisa. Os testes serão feitos em 14 centros
de estudo credenciados pelo Butantan.
Esta é a última
fase de estudos antes que a vacina possa ser submetida à avaliação da Anvisa
para registro. O anúncio dos detalhes sobre essa etapa foi feito na tarde desta
sexta-feira (11) pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pelo secretário
de Saúde, David Uip, e pelo diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.
Dois terços dos
voluntários receberão a vacina e um terço receberá placebo. O objetivo é
verificar, depois de um período, se o grupo que foi vacinado teve uma redução
considerável de casos de dengue em comparação ao grupo de controle.
Ainda não há uma
previsão sobre quanto tempo deve levar até a conclusão desta fase, mas pode-se
esperar que demore de um ano a um ano e meio, segundo Kalil. "O tempo vai
depender do recrutamento e incidência da dengue. Se tiver muita dengue, a
eficácia da vacina pode ser ser comprovada mais rapidamente. Depende também se
teremos os 4 sorotipos em todas as regiões."
O desenvolvimento
desta vacina é resultado de uma parceria entre o Instituto Butantan e os
Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH). A vacina é feita com os
próprios vírus da dengue, que foram modificados para que a pessoa desenvolva
anticorpos contra os quatro sorotipos da dengue sem desenvolver os sintomas
relacionados a eles.
Os testes têm
mostrado que bastará uma dose para que a vacina seja eficaz. Trata-se da vacina
brasileira contra dengue em fase mais avançada de desenvolvimento, mas há
outras iniciativas em andamento no mundo.
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