quinta-feira, 17 de março de 2016

Base curricular recebe mais de um milhão de sugestões sobre história.



Mais de um milhão de sugestões sobre a disciplina história foram encaminhadas ao Ministério da Educação (MEC) na consulta pública ao documento preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A BNCC vai ajudar a definir o que será ensinado nas escolas. As contribuições terminaram na terça-feira (15). O MEC terá até o dia 15 de abril para concluir a segunda versão do documento.
Ao todo foram recebidas 1.048.386 contribuições sobre história através do portal da BNCC. O número é 22% maior que as relacionadas à geografia (823.249), segundo lugar em número de intervenções. Considerando todas as áreas, foram mais de 12 milhões de contribuições.
O ensino de história no Brasil é a principal polêmica na atual fase de elaboração da BNCC. A primeira versão das propostas para a disciplina foi questionada, com falhas admitidas até mesmo pelo MEC.
Alguns professores e especialistas viram problemas de organização e de falta de conteúdos, como por exemplo história antiga e medieval. Por isso, a disciplina deve sofrer mudanças para ter maior equilíbrio e mais espaço para "processos históricos globais".
De acordo com o MEC, "as sugestões apontam, principalmente, necessidade de maior articulação do ensino atual sobre civilizações antigas com o que prevê a Lei 11.645, que trata da obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena nos estabelecimentos nas escolas de ensino fundamental e médio".     
Ainda segundo a pasta, outro ponto considerado "tão importante quanto" é mostrar a integração entre o Brasil e os processos históricos globais.

"O que nós queremos no currículo é que se organize toda essa importante liberdade acadêmica. Não é retirar o que já tem e incluir o que não foi bem contado”, afirmou o ministro da Educação.

Construção da base     

No ar desde 15 de setembro de 2015, o portal da Base recebeu mais de 10 milhões de contribuições. A proposta preliminar foi feita por uma comissão de 116 especialistas de 37 universidades de todas as partes do Brasil.
Entre setembro de 2015 e 15 de março de 2016, o governo federal realiza a segunda fase, de consulta pública. Em abril, a segunda versão do documento será divulgada, e serão realizados seminários em todos os estados, para que as secretarias estaduais e municipais deem suas últimas contribuições.
Entre maio e junho, a comissão fará a última versão, que será apresentada, avaliada e votada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). De acordo com MEC, o CNE já tem sido envolvido nas discussões, para que a avaliação do documento pelos conselheiros não seja restrita à fase final. O prazo para que ela esteja pronta é 24 de junho de 2016.



Fonte: G1

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