Base curricular
recebe mais de um milhão de sugestões sobre história.
Mais de um milhão de sugestões sobre a
disciplina história foram encaminhadas ao Ministério da
Educação (MEC) na consulta pública ao
documento preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
A BNCC vai ajudar a definir o que será ensinado nas
escolas. As contribuições terminaram na terça-feira (15). O MEC terá até o dia
15 de abril para concluir a segunda versão do documento.
Ao todo foram recebidas
1.048.386 contribuições sobre história através do portal da BNCC. O número é
22% maior que as relacionadas à geografia (823.249), segundo lugar em número de
intervenções. Considerando todas as áreas, foram mais de 12 milhões de
contribuições.
O ensino de história no Brasil é
a principal polêmica na atual fase de elaboração da BNCC. A primeira versão das
propostas para a disciplina foi questionada, com falhas admitidas até mesmo
pelo MEC.
Alguns professores e especialistas viram problemas de
organização e de falta de conteúdos, como por exemplo história antiga e
medieval. Por isso, a disciplina deve sofrer mudanças para ter maior equilíbrio
e mais espaço para "processos históricos globais".
De acordo com o MEC, "as
sugestões apontam, principalmente, necessidade de maior articulação do ensino
atual sobre civilizações antigas com o que prevê a Lei 11.645, que trata da
obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena nos
estabelecimentos nas escolas de ensino fundamental e médio".
Ainda segundo a pasta, outro ponto considerado "tão
importante quanto" é mostrar a integração entre o Brasil e os processos
históricos globais.
"O
que nós queremos no currículo é que se organize toda essa importante liberdade
acadêmica. Não é retirar o que já tem e incluir o que não foi bem contado”,
afirmou o ministro da Educação.
Construção da base
No ar desde 15 de setembro de 2015, o portal da Base
recebeu mais de 10 milhões de contribuições. A proposta preliminar foi feita
por uma comissão de 116 especialistas de 37 universidades de todas as partes do
Brasil.
Entre setembro de 2015 e 15 de
março de 2016, o governo federal realiza a segunda fase, de consulta pública.
Em abril, a segunda versão do documento será divulgada, e serão realizados
seminários em todos os estados, para que as secretarias estaduais e municipais
deem suas últimas contribuições.
Entre maio e junho, a comissão
fará a última versão, que será apresentada, avaliada e votada pelo Conselho
Nacional de Educação (CNE). De acordo com MEC, o CNE já tem sido envolvido nas
discussões, para que a avaliação do documento pelos conselheiros não seja
restrita à fase final. O prazo para que ela esteja pronta é 24 de junho de
2016.
Fonte: G1
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