PMDB decidir se rompe ou não com governo na próxima semana.
A
três dias da reunião para decidir se mantém o apoio ou rompe com o governo, o
PMDB está dividido. As duas correntes têm defensores de peso. O vice-presidente
da república, Michel Temer, que também é presidente do partido, é o principal
articulador.
Estratégia ou não, o vice Michel Temer está em São Paulo, bem longe de
Brasília. Mas a discussão sobre o desembarque ou não do PMDB do governo. O
ministro de Minas e Energia é contra o afastamento. Eduardo Braga quer manter o
partido na aliança. E acha que ainda dá para adiar ou pelo menos tentar chegar
a um consenso até a próxima terça- feira, quando o Diretório Nacional do
partido vai votar se desembarca ou não do governo.
“Podemos discutir alternativas que representem uma
conciliação com a nação, uma conciliação que permita que o PMDB não seja aquele que fratura a perna da
democracia, mas sim, aquele que fortalece a perna da democracia e constrói
soluções para vencer o impasse”, diz Eduardo Braga.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, bastante próxima
da presidente Dilma
Rousseff, não vê sentido no que considera um apressamento do partido.
“Se erros foram cometidos, nós cometemos erros e acertos
juntos, portanto temo a obrigação moral de tentar resolver os problemas, de
tentar fazer acertos e não abandonar o barco numa hora de tempestade”, diz
Kátia Abreu.
O deputado Lucio Vieira Lima defende que o diretório
aprove a saída do governo e a punição para quem não sair. Que quem quiser
permanecer no governo, se desfilie do partido.
“Não existe meio dentro, meio fora. Então, o PMDB ou sai
do governo ou não sai do governo. Essa história de sair e manter os cargos
através de que seus filiados se licenciem da legenda, o povo não vai aceitar e
nós também, grande parte do PMDB, não concordamos com isso. Isso ficará muito
ruim”, diz Lúcio Vieira Lima.
Catorze dos 27 diretórios do partido defendem o
desembarque. O Rio de Janeiro é um deles. Hoje, o presidente do PMDB carioca,
deputado Jorge Picciani, disse que a decisão do
partido pelo afastamento do governo Dilma Rousseff é irreversível. E deve ser
com uma maioria expressiva.
“O Brasil precisa de um forte ajuste fiscal, precisa
diminuir seus gastos, gerar credibilidade para recuperar emprego e renda. A
presidenta já não tem mais essas condições”, diz deputado Jorge Picciani.
O vice-presidente, Michel Temer, continua as conversas
hoje em São Paulo e na segunda –feira volta pra Brasília, para mais reuniões
com aliados e com quem defende a permanência do PMDB no governo.
Fonte: G1
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