Telescópio Hubble fotografa galáxia mais distante
já encontrada.
Astrônomos anunciaram nesta quinta-feira
(3) ter descoberto a mais distante galáxia já observada.
Posicionada a 13,4
bilhões de anos-luz de distância, a estrutura cósmica se formou quando o
universo tinha apenas 400 milhões de anos de idade, passados desde o Big Bang.
A localização da
galáxia, descoberta pelo Telescópio Espacial Hubble, significa que a
luminosidade produzida por ela, viajando a à velocidade da luz (cerca de 1
bilhão de km/h), levaria 13,4 bilhões de anos para chegar até a Terra.
A galáxia,
catalogada com a sigla GN-z11, foi avistada na direção da constelação da Ursa
Maior. O Hubble a avistou dois anos atrás durante uma operação de varredura do
céu, mas só agora cientistas confirmaram a descoberta, após uma análise
detalhada dos dados.
Na época,
astrônomos sabiam que estavam observando algo muito distante, possivelmente tão
distante quanto 13,2 bilhões de anos-luz. Uma nova observação da galáxia, com
um instrumento do Hubble que separa a luz em diversos comprimentos de onda
revelou que a GN-z11 estava ainda mais distante que se achava, batendo um
recorde por 200 milhões de anos.
Cientistas se
disseram surpresos de terem conseguido determinar a distância da galáxia usando
o Hubble, um telescópio operado pela Nasa. Um estudo sobre a descoberta sia na
edição da semana que vem da revista "The Astrophysical Journal".
"Demos um grande passo atrás no tempo, além daquilo
que jamais esperávamos poder fazer com o Hubble", afirmou o astrônomo
Pascal Oesch, da Universidade Yale, em um comunicado.
A chave para a descoberta foi precisamente
medir o alongamento do comprimento de onda da luz da galáxia para a região do
vermelho. Essa medida diz quão rápido GN-z11 está se afastando da Terra, como
medida da expansão do Universo, o que permite inferir a distância dela até nós.
Apesar de ser uma
galáxia pequena para padrões atuais, GN-z11 é enorme, considerando que foi
formada em uma época na qual o Universo tinha apenas 3% do tamanho que possui
hoje, afirmou Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz,
coautor do estudo.
"Estamos vendo uma galáxia em sua infância",
afirma Illingworth. "É incrível que uma galáxia tão grande tenha existido
apenas 200 milhões ou 300 milhões de anos após as primeiras estrelas terem se
formado.
GN-z11 possui cerca de 1 bilhão de vezes a
massa do Sol. A galáxia é 25 vezes menor que a Via Láctea, apesar de estar produzindo
estrelas 20 vezes mais rápido que a Via Láctea hoje.
Astrônomos afirma que esse recorde deve
permanecer de pé até 2018, quando o Telescópio Espacial James Webb, sucessor do
Hubble, será lançado.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário