MEC suspende novas bolsas de auxílio
financeiro a universitários
O Ministério da Educação (MEC)
suspendeu novas inscrições para o Programa de Bolsa Permanência (PBP), que dá
ajuda mensal de R$ 400 para estudantes de universidades federais em situação de
vulnerabilidade socioeconômica.
O comunicado da suspensão de
novas bolsas foi assinado por Jesualdo Pereira, secretário de Educação
Superior, em ofício enviado aos dirigentes de instituições federais. A ofício
foi assinado na quarta-feira (11), véspera do afastamento da presidente Dilma
Rousseff.
O documento determina que as
novas inscrições para estudantes indígenas e quilombolas continuarão a ser
realizadas, em dois períodos ao ano, no primeiro e segundo semestres. Além
disso, o comunicado afirma que todas as bolsas em vigor serão mantidas.
Segundo Jesualdo Pereira, a
medida foi tomada considerando o crescimento do número de beneficiários
selecionados pelas instituições. De acordo com o MEC, em 2013 foram 4.736
estudantes beneficiados pela bolsa, número que passou para 13.931 em 2016.
Em nota, o novo ministro da
Educação e Cultura, Mendonça Filho, ressaltou que a decisão foi tomada pela
gestão anterior e que ainda faz um levantamento da situação da pasta antes de
tomar qualquer decisão. "Com relação às informações espalhadas pelas redes
sociais, que geraram pânico entre os estudantes, o MEC reitera que o programa
não foi suspenso para os mais de 13 mil inscritos atuais e receberá novas
inscrições de estudantes indígenas e quilombolas", afirma trecho da nota.
Cortes no Orçamento e em
programas
Ao justificar a suspensão, o
secretário afirma que o recebimento dos benefícios do PBP está condicionado à
existência de dotação orçamentária no Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), que é o fundo responsável pelo pagamento dos benefícios.
Neste ano, o MEC foi um dos
ministérios que teve o maior volume de verba afetado por cortes no Orçamento do governo
federal (17,7%) .
Inicialmente, a Lei Orçamentária Anual (LOA) previa R$ 36,649 bilhões para a
Educação. Com o segundo corte anunciado, o "limite de empenho de despesas
discricionárias" caiu para R$ 30,156 bilhões.
Fonte: G1
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