Polícia
investiga lavagem de dinheiro em venda ilegal de ingressos da Rio 2016.
A
Polícia Civil iniciou uma investigação sobre esquema de lavagem de dinheiro por
trás da venda ilegal de ingressos da Olimpíada por parte de membros do Comitê
Olímpico Irlandês, descoberta no dia 17. A informação foi divulgada nesta
terça-feira (23) pelo delegado Ronaldo de Oliveira, diretor do Departamento de
Polícia Especializada.
“O objetivo dessa
quadrilha é o financeiro. Para nós é importante o caminho do papel. Estamos
extraindo cópias de todo o procedimento e encaminhando para o nosso núcleo de
lavagem de dinheiro. Através daí, nós vamos poder descobrir como era o caminho
do dinheiro, como era feita essa lavagem. Tenho certeza de que teremos novos
dados relativos a isso. Vamos descobrir outras pessoas e iremos indiciá-las em
breve”, disse Oliveira.
Estava
marcado para serem ouvidos o depoimento de três integrantes do Comitê Olímpico
Irlandês como parte da investigação sobre um esquema internacional de venda
ilegal de ingressos para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Kevin Kilty, Dermot
Henihan e Stephen Martin são investigados por cambismo (venda de ingressos por
preços acima do permitido) e tiveram seus passaportes apreendidos no último
domingo. Apenas Dermot depôs e foi inocentado, tendo seu passaporte devolvido.
Os outros dois foram reagendados para serem ouvidos na quinta-feira (25).
A
polícia investiga um esquema envolvendo integrantes do Comitê Olímpico Irlandês
e diretores das empresas THG, de hospitalidade esportiva, e Pro10 Team,
autorizada a revender ingressos da Rio 2016. Segundo a polícia, o esquema
poderia render cerca de R$ 10 milhões ao grupo, pois alguns ingressos, como os
da abertura da Olimpíada, chegaram a ser comercializados por US$ 8 mil.
O
presidente do comitê irlandês, Patrick Hickey, foi preso na semana passada e
encaminhado para o Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio. Outro
preso é o diretor da britânica THG, Kevin Mallon. Ele e uma funcionária da
empresa foram presos em flagrante com mil ingressos dos Jogos.
Mais
quatro diretores da THG e três executivos da Pro10 Team tiveram mandados de
prisão temporária expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro. Eles estão no
exterior e serão ouvidos via carta rogatória (instrumento jurídico de
cooperação entre dois países).
Fonte: Agência Brasil
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