Bancários
rejeitam nova proposta salarial e greve continua.
A
reunião da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT) com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desta quarta-feira
(28) terminou sem acordo, e os bancários decidiram manter a greve, que entrará
no 24º dia nesta quinta (29).
A
greve dos bancários chegou ao 23º dia com 13.254 agências e 28 centros
administrativos com atividades paralisadas nesta quarta. O número representa
57% das locais de trabalho em todo o Brasil.
A
greve já é mais longa do que a realizada pelos bancários no ano passado, que
durou 21 dias. Segundo a Contraf-CUT, a greve mais longa da categoria na
história foi em 1951 e durou 69 dias. Nos últimos anos, a mais foi a de 2004,
com 30 dias.
Negociações
A
Fenaban (que representa os bancos) ampliou nesta quarta-feira (28) a oferta de
abono para R$ 3,5 mil, com mais 7% de reajuste, extensivo aos benefícios.
Também propôs que a
convenção coletiva dure dois anos, com garantia, para 2017, de reajuste pela
inflação acumulada e mais 0,5% de aumento real.
Em
nota, a Fenaban disse que a proposta para 2016 "garante aumento real para
os rendimentos da grande maioria dos bancários e é apresentada como uma fórmula
de transição, de um período de inflação alta para patamares bem mais
baixos".
A
categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban - de reajuste de
6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e
abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7%
no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de
R$ 3,3 mil.
Os
sindicatos alegaram que a oferta não cobria a inflação do período e representa
uma perda de 2,39% para o bolso de cada bancário. Os bancários querem reposição
da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial -
no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) -, PLR
de três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores
condições de trabalho.
Fonte: G1
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