Governo
deve lançar campanha por reforma da Previdência no dia 17.
O
governo do presidente da República, Michel
Temer, deverá lançar, na próxima segunda-feira (17), uma campanha
publicitária em defesa da reforma da Previdência Social, informou a assessoria
da Casa Civil. A propaganda será veiculada na TV, no rádio e em jornais de todo
o país.
Inicialmente,
o Palácio do Planalto pretendia enviar o projeto de reforma antes do primeiro
turno das eleições municipais deste ano.
Diante
da pressão de partidos aliados e de centrais sindicais, Temer decidiu adiar a
apresentação da proposta, que ainda não tem uma data oficial para ser enviada.
Segundo
a Casa Civil, na peça publicitária, o governo explicará a atual situação
deficitária das contas da Previdência – pelas estimativas do Orçamento de 2017, o déficit no ano que vem será superior a R$ 180
bilhões.
Além
disso, na campanha, o Executivo irá ressaltar que nenhum direito será retirado
caso a proposta seja aprovada.
No
governo, a expectativa era lançar a campanha ainda nesta semana, logo após a
Câmara aprovar, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
241, que limita o aumento dos gastos públicos. O lançamento, contudo, teve de
ser adiado porque a peça ainda está em fase de elaboração. Procurada, a
assessoria de Temer disse que não poderia passar informações até que a
propaganda esteja concluída.
Economia
Mais
cedo, nesta terça-feira (11), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou
que a realização de um cruzamento de dados de beneficiários da Previdência
Social pelo governo federal poderá gerar uma economia entre R$ 7 bilhões e R$ 11 bilhões por
ano aos cofres públicos.
Segundo
Padilha, que coordenou um grupo interministerial que discutiu o texto com
centrais sindicais e empresários, os dois itens que mais necessitam de revisão
pelo governo são o seguro por acidente de trabalho e o auxílio-saúde.
"O seguro, desde
1999, não é revisto. Compartilho do pressuposto de que todas as pessoas vão
falar que estão curadas e vão trabalhar, mas alguns não fazem isso e continuam
recebendo o benefício até hoje", declarou o ministro.
Sobre o auxílio-saúde,
Padilha informou que cerca de 554 mil pessoas recebem o benefício há mais de
dois anos, sem a garantia de que realmente necessitam.
Análise
de Temer
Na
última quinta (6), Eliseu Padilha apresentou ao presidente Michel Temer a proposta de
reforma da Previdência Social que o governo deverá enviar ao
Congresso.
O
texto agora está sob a análise do peemedebista, que, antes de enviá-lo ao
Congresso, deverá se reunir com empresários, governadores e centrais sindicais
para discutir a proposta.
Embora
o texto final ainda não tenha sido divulgado, o presidente já chegou a
defender, em declarações recentes, que haja uma idade mínima para a população
se aposentar e que haja uma regra de transição após a reforma ser aprovada pelo
Congresso.
Fonte: G1
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