Juiz
aceita denúncia e torna réus Cunha, Henrique Alves e mais três.
O
juiz Vallisney de Souza Oliveira, da primeira instância da Justiça Federal em
Brasília, recebeu nesta quarta-feira (26) uma denúncia apresentada contra o
deputado cassado Eduardo Cunha(PMDB-RJ), o ex-ministro
Henrique Eduardo Alves, o doleiro Lúcio Funaro, o ex-sócio de Funaro Alexandre
Margotto, o ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto.
Com
a decisão, os cinco se tornam réus e responderão a ação penal na 10ª Vara do
Distrito Federal. Eduardo Cunha está preso em Curitiba,
acusado por investigadores da Operação Lava Jato de receber propina de contrato
de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para
lavar o dinheiro.
As
acusações que o juiz Vallisney Oliveira recebeu envolvem cobrança e recebimento
de propina por parte de empresas interessadas em obter empréstimos do Fundo de
Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS) e se baseiam na delação premiada – no
âmbito da Operação Lava Jato – de Fábio Cleto, indicado para a diretoria da
Caixa por influência de Cunha.
Em depoimento aos investigadores, Cleto narrou que
as irregularidades teriam ocorrido entre 2011 e 2015. Nesse período, segundo o
ex-diretor, Cunha ficava com 80% da propina desviada do fundo, Funaro com 12%,
Cleto com 4% e Margotto, com outros 4%.
Além
de participar da indicação de Cleto à Caixa, Henrique Alves, segundo a
denúncia, também teria sido beneficiado com repasses depositados na Suíça sem
declaração às autoridades brasileiras.
Versões
dos acusados
A
defesa do deputado cassado Eduardo Cunha disse que a denúncia nem deveria ter
sido recebida porque está baseada em "delações falsas" e não tem
"nenhuma credibilidade".
Procurada,
a defesa de Henrique Eduardo Alves disse que a decisão abre a oportunidade para
ser demonstrada a inocência do ex-ministro.
Até
a última atualização desta reportagem, ainda se buscava contato com as defesas
do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Fábio Cleto, do doleiro Lúcio
Funaro e do ex-sócio dele, Alexandre Margotto.
Fonte: G1
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