Em
8ª queda seguida, mercado baixa estimativa de inflação em 2017 para 4,36%.
Do G1
Os analistas
das instituições financeiras reduziram a estimativa de inflação para este ano,
com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,43% para
4,36%. Foi a oitava redução seguida do indicador.
As
expectativas dos analistas do mercado financeiro foram coletadas pelo Banco
Central na semana passada e divulgadas nesta quarta-feira (1º) por meio do
relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de cem instituições
financeiras foram ouvidas.
Com
isso, o mercado financeiro manteve a expectativa de que a inflação em 2017
ficará abaixo da meta central para ano, que é de 4,5%. A meta de inflação é
fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco
Central, que para isso eleva ou reduz a taxa de juros (Selic).
A
meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. Naquele momento,
o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais
intensa, que acabou se espalhando pelo mundo. A piora da crise financeira veio
após o anúncio de concordata do banco norte-americano Lehman Brothers, em
setembro de 2008.
Pelo
sistema vigente no Brasil, a meta de inflação é considerada formalmente
cumprida quando o IPCA fica dentro do intervalo de tolerância também fixado
pelo CMN. Para 2017, esse intervalo é de 1,5 ponto percentual para baixo ou
para cima do centro da meta. Assim, o BC terá cumprido a meta se o IPCA
terminar este ano entre 3% e 6%.
No
ano passado, a inflação ficou acima da meta central, mas
dentro do intervalo definido pelo CMN. Já em 2015, a meta foi descumprida pelo
BC - naquele ano, a inflação superou a barreira dos 10%.
A
previsão de que a meta central será atingida neste ano está relacionada com a
forte recessão, embora indicadores comecem a apontar para uma melhora do nível
de atividade nos últimos meses. Mesmo assim, o desemprego e a inadimplência
permanecem altos.
Para
2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação permaneceu estável em
4,50%. O índice está em linha com a meta de inflação do período (4,5%) e também
abaixo do teto de 6% para o ano que vem.
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