Quase
40% dos desempregados contam com a ajuda de conhecidos para pagar as contas.
Para 56% dos desempregados realizando trabalhos informais, está difícil de conseguir até mesmo este tipo de ocupação no mercadoThinkstock |
A
forte retração que atingiu todos os setores de indústria e fez com que milhões
de brasileiros perdessem seus empregos, afetando o consumo das famílias e
desafiando os brasileiros a manter em dia as despesas do cotidiano. Em meio a
essa situação, os desempregados têm recorrido a trabalhos temporários e
freelancers (37%), ajuda financeira de amigos ou familiares (37%) e
seguro-desemprego (10%) para honrar seus compromissos.
Os
dados fazem parte da pesquisa “Desempregados no Brasil: Padrão de Vida e
Impactos no Consumo e Finanças”, realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção
ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
O
levantamento revela ainda que entre os bicos feitos pelos entrevistados, os
mais comuns são serviços gerais (18%), revenda de produtos (15%) e serviços de
beleza (11%). Os trabalhos temporários que têm frequência definida são
realizados entre três e quatro vezes por semana, em média, mas 46% dos
freelancers disseram não ter regularidade.
Para
56% dos desempregados que estão realizando trabalhos informais, está difícil de
conseguir até mesmo este tipo de ocupação. Somente 6% dizem que está sendo
fácil arrumar novos "bicos".
Além
disso, o estudo aponta que 73% dos entrevistados tiveram queda no padrão de
vida devido ao desemprego e somente 8% mantiveram o mesmo padrão sem nenhum
aperto financeiro, sobretudo entre as classes A e B (20%). Em média, 39% dos
entrevistados disseram conseguir manter o mesmo padrão de vida de quando
estavam empregados por até três meses, sendo que 15% deles não conseguem nem
mesmo por um mês.
Para
o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, novas formas de
contratação devem ser discutidas para estimular o retorno desses desempregados
ao mercado de trabalho e regularizar trabalhos informais.
— Um País sem emprego é
um País fragilizado, sem forças para reagir. É necessário que modelos de
contratação alternativos sejam discutidos por lideranças políticas, empresários
e sociedade civil com o fim de criar novos postos de trabalho.
Fonte: R7
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