Saúde
anuncia ampliação de público alvo para seis vacinas.
O
Ministério da Saúde anunciou hoje (3) a ampliação do público alvo para seis
doses que integram o Calendário Nacional de Vacinação - tríplice viral, tetra
viral, dTpa adulto, HPV, meningocócica C e hepatite A.
As
mudanças, segundo a pasta, têm como objetivo aumentar a proteção de crianças,
garantindo elevada cobertura vacinal, além de ampliar a imunidade de
adolescentes e diminuir a circulação de doenças na população.
"Não adianta a
vacina estar disponível no posto de saúde. É necessário que pelo menos 95% das
crianças do município recebam a dose", destacou a coordenadora do Programa
Nacional de Imunizações, Carla Domingues.
Entre
os adultos, a meta é manter a eliminação do sarampo e da rubéola e diminuir o
número de casos de caxumba e coqueluche.
Confira
como fica a aplicação das seis vacinas após as alterações:
- Hepatite A: passa a ser
disponibilizada para crianças até 5 anos. Antes, a idade máxima era 2 anos. A
vacina, segundo o ministério, é considerada altamente eficaz, com taxas de
soroconversão de 94% a 100%.
- tetra viral (sarampo,
caxumba, rubéola e varicela): este ano, para crianças, há ampliação da oferta
da dose, que passa a ser administrada de 15 meses até 4 anos. Antes, a
aplicação era feita entre 15 meses e menores de 2 anos. A recomendação é uma
primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) aos 12 meses e uma
segunda dose a tetra viral aos 15 meses.
- HPV: a partir de 2017,
será ofertada também para meninos. Desde 2014, a dose é oferecida a meninas de
9 a 13 anos. No próximo ano, público alvo vai incluir ainda meninas de 14 anos.
Este ano, além dos meninos, a vacina será oferecida a homens que vivem com HIV
e aids entre 9 e 26 anos e para imunodeprimidos, como transplantados e
pacientes oncológicos.
- meningocócica C: passa
a ser disponibilizada para adolescentes de 12 e 13 anos. A faixa etária será
ampliada gradativamente até 2020, quando serão incluídos crianças e
adolescentes de 9 a 13 anos. O esquema vacinal será de um reforço ou uma dose
única, conforme situação vacinal.
- dTpa adulto (difteria,
tétano e coqueluche): passa a ser recomendada para as gestantes a partir da 20ª
semana. As mulheres que perderam a oportunidade de se vacinar durante a
gravidez devem receber a dose durante o puerpério (até 40 dias após o parto). A
medida busca garantir que os bebês já nasçam protegidos contra a coqueluche por
conta de anticorpos transferidos pela mãe ao feto frente a gestação.
- tríplice viral
(sarampo, caxumba e rubéola): este ano, será introduzida a segunda dose da
vacina para a população de 20 a 29 anos. Anteriormente, a segunda dose era
aplicada apenas em pessoas com até 19 anos. A mudança leva em consideração
surtos de caxumba registrados nos últimos anos no país, sobretudo entre
adolescentes e adultos jovens. As duas doses passam a ser indicadas para
pessoas de 12 meses a 29 anos. Para adultos de 30 a 49 anos, permanece a
indicação de apenas uma dose.
Calendário
Atualmente,
são ofertadas gratuitamente via Sistema Único de Saúde (SUS) 19 vacinas
recomendaras pela Organização Mundial da Saúde. Por ano, são disponibilizadas
na rede pública cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos que combatem
mais de 20 doenças.
De
acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a previsão de investimentos na
área, em 2017, é da ordem de R$ 3,9 bilhões. "Com este calendário
ampliado, além de incluir novas doses, estamos permitindo que elas sejam
tomadas em um período maior. O objetivo é que um maior percentual da população
esteja imunizada", disse.
Segundo
ele, as alterações só foram possíveis em razão de uma economia de R$ 66,5
milhões obtida a partir da negociação de três vacinas: hepatite B, HPV e dTpa.
Barros disse ainda que a eficiência de gestão também garantiu a compra de 11,5
milhões de doses extras da vacina contra a febre amarela.
Fonte: Agência Brasil
Link: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-03/saude-anuncia-ampliacao-de-publico-alvo-para-seis-vacinas
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