Governo
estuda fazer campanhas de conscientização para uso racional de energia.
O
ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, informou hoje (10) que o
governo estuda fazer campanhas de conscientização para economia e uso
consciente da energia pela população. O motivo é a falta de chuva prevista para
o segundo semestre, que deverá levar a um maior acionamento de usinas
termelétricas, o que pode resultar em aumento no custo da operação do sistema
elétrico.
“A ideia é que a gente
pudesse iniciar campanhas de conscientização para diminuir o impacto que as
bandeiras [tarifárias] têm na conta do consumidor. É um movimento que pode
iniciar agora, mas acho que tem ser constante, independentemente do preço da
energia”, disse o ministro, antes de participar do seminário Concessões e
Investimentos no Brasil: Novos Rumos, da FGV Projetos, no Rio de Janeiro.
“O segundo semestre de
2017 deve ser bastante difícil do ponto de vista de fornecimento hídrico, e não
energético. Temos energia para atender à população. Por ser um fornecimento que
deverá depender em maior parcela pelas [usinas] térmicas , deverá ter um custo
adicional [nas contas de energia]”, acrescentou.
O
tema foi tratado na semana passada em reunião do Comitê de Monitoramento do
Setor Elétrico (CMSE) que determinou a formação de um grupo de trabalho para aprofundar as análises
sobre as condições de fornecimento de energia no país. Também caberá ao grupo
definir ferramentas e formas de intensificar a divulgação desse processo para a
sociedade, de forma proativa.
Bandeiras
tarifárias
O
diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino,
disse na semana passada que provavelmente as contas de luz continuarão com a
bandeira vermelha patamar 1 acionada até o fim do período seco, que vai até novembro. Por causa
da falta de chuvas , essa bandeira tarifária foi acionada e começou a valer no
início de abril.
A
bandeira vermelha patamar 1, que está em vigor, implica uma cobrança extra de
R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Ela é usada quando é
preciso acionar usinas termelétricas (mais caras), por causa da falta de
chuvas.
O
sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os
gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais
cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz
(vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das
condições de geração.
Fonte: Agência Brasil
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