Temer e
assessores discutem TSE após prisão de Loures e atacam Janot.
Por Andréia Sadi,
G1.
Após
voltar de São Paulo neste sábado (3), o presidente Michel Temer convocou uma
reunião no Palácio do Jaburu com seus principais assessores para discutir a
expectativa em relação ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após
a prisão de Rodrigo Rocha Loures, e também fizeram ataques ao procurador-geral
da República, Rodrigo Janot.
Participaram
da reunião, que durou até meia-noite, o ministro Moreira Franco
(Secretaria-Geral), o general Sergio Etchegoyen (GSI), o secretário de
imprensa, Luciano Suassuna, e o advogado Gustavo Guedes, que defende Temer na
ação no TSE que pode levar à cassação do mandato do presidente.
Segundo
Guedes, "imagina-se que a prisão do Loures não influencie o TSE e
discutiu-se possíveis movimentos do Janot para pressionar o Tribunal".
"Dos quais uma
denúncia no STF e a divulgação de alguma outra prova propositalmente guardada
são os mais possíveis", disse o advogado ao blog neste domingo.
O
Planalto teme que uma denúncia antecipada da Procuradoria contamine o ambiente
na corte eleitoral, além de aumentar a pressão na Câmara dos Deputados.
São
os deputados que decidem se autorizam uma eventual denúncia de Janot contra
Temer.
É
o que diz artigo 86 da Constituição: admitida a acusação contra o Presidente da
República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou
perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
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