domingo, 9 de julho de 2017

Projeto de pesquisadores da UFRN tenta impedir desertificação da caatinga.


No Rn, trabalho é desenvolvido em uma área de 3,5 
hectares da Floresta Nacional de Assu (Foto: 
Divulgação/UFRN)
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) trabalham em um projeto que pretende frear o processo de desertificação na região da caatinga. Segundo eles, 15% do território total da caatinga no país está em processo de desertificação. O trabalho é desenvolvido em uma área de 3,5 hectares da Floresta Nacional de Assu, no interior do estado.
O experimento faz parte de uma rede internacional envolvendo 16 países, que também procuram impedir a desertificação em seus principais biomas e é o único na América Latina. O objetivo é investigar como a diversidade de espécies afeta o funcionamento do ecossistema. “Todos esses projetos no mundo têm um objetivo comum que é avaliar como é que diferentes níveis de diversidades de plantas podem afetar o funcionamento do ecossistema”, explicou o pesquisador Rafael Oliveira.
A caatinga é um tipo de vegetação que só existe no Brasil e está presente em 9 estados do Nordeste e no Norte de Minas Gerais.

“A degradação na caatinga já chegou a 50% do território todo dela e 15% do território total está em processo de desertificação. O que significa que é urgente métodos eficazes para conseguir frear um pouco isso, combater a desertificação, e conseguir restaurar de um modo que as plantas sobrevivam a longo prazo”, explicou a pesquisadora Marina Fagundes.

O projeto de restauração ecológica da caatinga começou em 2015. Na época, 600 mudas foram plantadas por meio de métodos de plantio diferentes. Dois anos depois, os pesquisadores concluíram que plantar mudas com raízes mais longas aumenta a eficácia de sobrevivência das plantas em 75%. Em algumas espécies, a taxa de sobrevivência foi ainda maior.

“Nós utilizamos 16 espécies, algumas chegaram a 96% de sobrevivência. Isso é em torno de três vezes mais que o método convencional que era utilizado em projetos de restauração do semiárido”, diz Felipe Marinho, pesquisador.

Para observar as plantas, os pesquisadores dividiram as mudas em pequenos lotes, chamados de parcelas. Em cada parcela, o nível de diversidade muda variando entre 2 e 16 espécies. “São modelos. A partir desses modelos a gente vai poder perceber qual é o melhor para se restaurar a caatinga”, explicou Rafael.




Experimento faz parte de uma rede internacional envolvendo 16 países, que também procuram impedir a desertificação em seus principais biomas (Foto: Divulgação/UFRN)



Fonte: G1 RN

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