Dieese
pede que salário mínimo de R$ 954 seja revisado.
Do
R7
O reajuste de R$ 17 (1,81%), para R$ 954, no valor do
salário mínimo de 2018 foi criticado pelo Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos). O órgão pediu nesta sexta-feira (12)
uma revisão do valor para “devolver ao salário mínimo o poder de compra do início
do ano passado”.
A solicitação do Dieese leva em conta que o reajuste da remuneração
mínima aos trabalhadores foi reajustado em um percentual abaixo da inflação
oficial de preços calculada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor), que fechou o ano em 2,07%.
No papel, o novo mínimo resultará em uma perda real mensal de R$ 2,39 ou
R$ 28,75 ao longo deste ano aos profissionais que recebem com base na
remuneração.
Salário mínimo de Temer em 2018 fica
R$ 25 abaixo da previsão inicial
"A valorização do salário mínimo conquistada até aqui trouxe
resultados muito positivos para a sociedade brasileira", afirma o Dieese,
que defende a remuneração básica como significativo "para reduzir a
desigualdade de renda no País".
"Com a quantia de R$ 954,00 determinada para janeiro de 2018,
impõe-se ao salário mínimo perda acumulada de 0,34% nos últimos dois anos, o
que o faz retornar praticamente ao mesmo valor real de janeiro de 2015",
argumenta o órgão em nota.
Apesar da perda real, alguns Estados do País têm seus salários mínimos
próprios e, consequentemente, maiores do que a regra geral nacional. Isso
ocorre em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa
Catarina.
Em dezembro, o próprio Dieese revelou que o salário mínimo ideal para os
brasileiros deveria ser de R$ 3.585,05, valor 275% superior aos atuais R$ 954.
Até 2019, a variação do salário mínimo levará em conta a oscilação
do INPC no ano anterior e o PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todas as
riquezas produzidos no País — de dois anos antes, conforme determina a Lei
13.152. Como a economia brasileira encolheu em 2016, o reajuste deste ano
do mínimo teve como base apenas a inflação.
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