sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Os dados da pesquisa do IBGE
foram calculados com base no número de estudantes, e não no total de jovens – o
que incluiria também os que não estudam. Apesar de o IBGE destacar a tendência
de democratização do ensino superior nos últimos dez anos, os dados indicam que
os estudantes brancos e da parcela mais rica da população ainda são maioria nas
universidades do país.
De acordo com a pesquisa, em
2004, 54,5% dos estudantes do ensino superior na rede pública pertenciam à
parcela 20% mais rica da população brasileira – com renda média por pessoa da
residência de R$ 2,9 mil. Dez anos depois, esse grupo ocupava 36,4% das vagas
nas universidades públicas.
Já a proporção de estudantes
pertencentes ao quinto mais pobre da população, com renda per capita média de
R$ 192, era 1,2% em 2004 e chegou a 7,6% dos alunos de faculdades públicas em
2014.
Em 2004, 16,7% dos estudantes
pretos e pardos com 18 a 24 anos frequentavam o ensino superior, segundo a
pesquisa, número que cresceu para 45,5% em 2014. Apesar do aumento, os negros
não chegaram a atingir o percentual que estudantes brancos já apresentavam em
2004: 47,2%. Para esse grupo, o aumento verificado nos últimos dez anos fez com
que 71,4% dos estudantes brancos de 18 a 24 anos estivessem na universidade.
O percentual de estudantes jovens
que cursam no nível superior já era maior entre as mulheres em 2004, e a
distância se ampliou com um crescimento mais acelerado que elevou o percentual
a 63,3% em 2014. Para os homens, o percentual chegou a 53,2%.
A alta no percentual de
estudantes cursando nível superior aconteceu em todas as regiões brasileiras,
que continuam a apresentar patamares desiguais. No Sul, a proporção subiu de
50,5% para 72,2% no período pesquisado, enquanto no Norte, o percentual subiu
de 17,6% para 40,2%. O maior crescimento, de 29,1 pontos percentuais, foi
verificado no Nordeste, onde a proporção passou de 16,4% para 45,5%.
Fonte: Agência Brasil
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