Casos de dengue no
RN aumentaram 84% neste ano, diz secretaria.
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Aedes Aegypti é transmissor da dengue, zika e chikungunya (Foto: Marvin Recinos/AFP) |
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap) anunciou nesta
sexta-feira (12) que 3.310 casos de dengue foram notificados no estado até o
dia 6 de fevereiro. O número representa um aumento de 84,2% no número de casos
se comparado ao mesmo período do ano passado.
Os dados divulgados pela secretaria foram retirados do boletim do
Programa Estadual de Controle da Dengue (PECD). De acordo com o boletim, do
total de casos notificados, apenas 264 casos foram confirmados até o momento.
Segundo a secretaria, os demais casos estão em processo de investigação.
O boletim também registrou um aumento no número de cidades com alta
incidência da doença no estado. De acordo com os dados, 12 municípios potiguares
tem mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Em comparação ao último boletim,
publicado na semana passada, três cidades entraram na lista.
Com relação à notificação de Chikungunya, foram notificados 13 casos
suspeitos nesse mesmo período analisado e todos estão em investigação. Quanto
aos casos de Zika, foram notificados 365 casos e destes cinco foram
confirmados. Em 2015 apenas um caso foi notificado.
Municípios silenciosos
O boletim divulgado pela secretaria
registrou um alto número de municípios sem nenhum caso registrado, o que,
segundo a própria secretaria, indica uma subnotificação de casos nas cidades em
questão. Ao todo, 87 municípios potiguares não registraram nenhum caso da
doença em 2016.
"Isso aponta para uma subnotificação de casos
suspeitos e indica necessidade de sensibilizar os profissionais de saúde para a
responsabilidade de notificarem todos os atendimentos que se enquadrarem na
definição de caso suspeito para dengue definido pelo Ministério da Saúde",
diz o comunicado da secretaria.
O Ministério da Saúde define como 'caso
suspeito de dengue' aqueles em que a pessoa "viva ou tenha viajado nos
últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo dengue ou que tenha a presença
de Aedes aegypti; que apresente febre, usualmente entre 2 a 7 dias, e apresente
duas ou mais das seguintes manifestações: náuseas, vômitos, exantemas,
mialgias, artralgia, cefaleia, dor retroorbital, petéquias ou prova do laço
positiva e leucopenia".
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