Governo Federal destina R$ 2,6 milhões
extras para combate ao Aedes aegypti no RN.
A presidenta Dilma Rousseff
sancionou nesta sexta-feira (15) recurso de R$ 1,27 bilhão para o
desenvolvimento das ações de vigilância em saúde, incluindo o combate ao
mosquito Aedes aegypti, em 2016. A este montante será adicionado R$ 600 milhões
destinados à Assistência Financeira Complementar da União para os Agentes de
Combate às Endemias. Para intensificar as ações e medidas de vigilância,
prevenção e controle da dengue, febre chikungunya e Zika também foi aprovado R$
500 milhões extras. Na primeira semana, o Rio Grande do Norte vai receber R$
2.648.656,09.
Nesta semana, o Ministério da
Saúde repassou aos estados R$ 143,7 milhões extras destinados a ações de
combate ao Aedes aegypti. O recurso foi garantido em portaria publicada no dia
23 de dezembro do ano passado e já liberado 100% aos estados no início desta
semana. O Ministro da Saúde, Marcelo Castro, considere de fundamental
importância este recurso extra para as ações nos estados e municípios. “Com
este reforço financeiro, os estados e municípios vão poder potencializar as
medidas de combate ao Aedes aegypti para evitar a transmissão de dengue,
chikungunya e Zika”, explicou.
O ministro orienta que os
cuidados com o mosquito devem ser redobrados nesta época do ano, período de
maior incidência das doenças. “É preciso que todos se mobilizem para combater
este mosquito. É muito importante sempre verificar o adequado armazenamento de
água em suas casas, o acondicionamento do lixo e a eliminação de todos os
recipientes sem uso, que possam acumular água e virar criadouros do mosquito”,
recomendou Marcelo Castro.
O Ministério da Saúde tem reunido
esforços para o combate ao mosquito Aedes aegypti, convocando o poder público e
a população para uma ampla mobilização nacional para conter o mosquito. O
governo federal mobilizou 19 ministérios e outros órgãos federais para atuar
conjuntamente neste enfrentamento, além da participação dos governos estaduais
e municipais.
Com isso, as visitas a
residências para eliminação e controle do vetor ganharam o reforço das Forças
Armadas e de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além dos cerca de
44 mil agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades. A
orientação é para que esse grupo atue, inclusive, na organização de mutirões de
combate ao mosquito em suas regiões.
Os repasses de recursos do
Ministério da Saúde para o combate ao mosquito têm se mantido crescentes ao
longo dos anos. Somente no ano de 2015, foi liberado R$ 1,25 bilhão. Em
2011, este montante era de R$ 970,4 mil, o que representa um aumento de 28,8%
nos recursos nos últimos cinco anos. O Ministério da Saúde também investiu, no
ano de 2015, R$ 23 milhões na aquisição de inseticidas e larvicidas. Além das
ações de apoio a estados e municípios, o Ministério da Saúde realiza a aquisição
de insumos estratégicos e kits de diagnósticos, para auxiliar os gestores
locais no combate ao mosquito.
Dengue
Em 2015, foram registrados 1.649.008 casos
prováveis de dengue no país. A região Sudeste concentra o maior número de
registros da doença com 62,2% (1.026.226) dos casos de todo o país, seguida
pelas regiões Nordeste com 18,9% (311.519), Centro-Oeste com 13,4% (220.966),
Sul com 3,4% (56.187) e Norte com 2,1% (34.110). Entre os estados, destacam-se
Goiás (2.500,6 casos/100 mil hab.) e São Paulo (1.665,7 casos/100 mil hab.) No
total, 22 estados apresentaram aumento no número de casos. Apenas Acre,
Amazonas, Roraima, Piauí e o Distrito Federal tiveram redução.
O pico de maior incidência da dengue ocorreu no
mês de abril com 229,1 casos para cada 100 mil habitantes, seguido de uma
redução a partir do mês de maio (116,1), tendência observada nos meses
seguintes até outubro (12,2). A partir de novembro (22,3), a incidência da
doença começa a apresentar leve tendência de aumento. Em 2015 ocorreram 863
mortes por dengue. As regiões que registraram o maior número de vítimas fatais
foram Sudeste (563) e Centro-Oeste (130).
O Ministério da Saúde observou os municípios com
as maiores incidências da doença acumuladas por estrato populacional em relação
ao número de habitantes. Entre as cidades com menos de 100 mil habitantes
destaca-se o município de Onda Verde (SP), com 17.989,9 casos para cada 100 mil
habitantes. Entre os municípios com 100 mil a 499 mil pessoas, Rio Claro (SP)
possui maior incidência da doença, com 10.804,7 casos/100 mil habitantes. Em
relação aos municípios com população entre 500 mil e 999 mil, Sorocaba (SP) se
destaca com incidência de 8.815,6 casos para cada 100 mil habitantes. Já em
relação aos municípios com mais de 1 milhão de pessoas, Campinas (SP) registrou
incidência de 5.766,2 casos para cada 100 mil habitantes.
Entre os quatro sorotipos virais existentes da
dengue, o DENV1 foi o que mais circulou durante 2015 respondendo a 93,8% dos
casos confirmados de dengue, seguido do DENV4 (5,1%), DENV2 (0,7%) e DENV3
(0,4%).
Chikungunya
Em 2015, foram registrados 20.661 casos de febre
chikungunya no país. Desse total, 7.823 casos foram confirmados e 10.420 estão
em investigação. Atualmente, 84 municípios de 11 estados estão com transmissão
autóctone (circulação) do vírus. Além disso, pela primeira vez no Brasil, foram
confirmadas três mortes por chikungunya, sendo duas na Bahia e uma em Sergipe.
As três vítimas eram idosas (85, 83 e 75 anos) e apresentavam histórico de
doenças crônicas.
As medidas de prevenção para a doença são as
mesmas já adotadas para a dengue, que se resume em evitar o acúmulo de água
parada. A principal diferença nos sintomas das duas doenças é que na febre
chikungunya, a dor articular surge em 70% a 100% dos casos, é intensa e afeta
principalmente pés e mãos.
Zika
Até o dia 9 de janeiro deste ano foram registrados
3.530 casos suspeitos de microcefalia relacionada ao vírus Zika. Os casos
suspeitos da doença em recém-nascidos são computados desde o início das investigações
(em 22 de outubro de 2015) e ocorreram em 724 municípios de 21 unidades da
federação. Também estão em investigação 46 óbitos de bebês com microcefalia
possivelmente relacionados ao vírus Zika, todos na região Nordeste.
O estado de Pernambuco, o primeiro a identificar
aumento de microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos
(1.236), o que representa 35% do total registrado em todo o país. Em seguida,
estão os estados da Paraíba (569), Bahia (450), Ceará (192), Rio Grande do
Norte (181), Sergipe (155), Alagoas (149), Mato Grosso (129) e Rio de Janeiro
(122).
Com informações do Ministério da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário