Plataformas disponíveis na
internet pode facilitar a vida de alunos e professores.
Tem cara de Facebook, tem botão “curtir”,
tem amigos. Mas não é Facebook. Plataformas gratuitas na internet integram
estudantes e professores que têm como objetivo o estudo. A reportagem listou
algumas destas redes sociais educacionais. E tem para todos os gostos.
O ambiente virtual pode integrar uma turma presencial, servir como biblioteca
acadêmica ou até como rede para encontrar desconhecidos que estudam o mesmo
tema.Criada em 2012, a rede Passei Direto é um exemplo. Com base nas
informações sobre cursos e universidades, o site sugere amigos por ordem de
proximidade. Primeiro aparece quem estuda na mesma instituição de ensino.
Depois, alunos de outras instituições, mas com interesses parecidos. A página
principal é a “linha do tempo”, onde é possível ler os comentários e as
perguntas feitas pelos colegas, bem como conferir arquivos e vídeos sugeridos.
Um sistema de “hashtags” ajuda a encontrar mais informações sobre o mesmo
assunto.
Além de fazer amigos, é possível integrar disciplinas
on-line. Elas não precisam estar vinculadas a nenhuma instituição. É possível
entrar na turma “Cálculo um”, por exemplo, com alunos de turmas de Cálculo de
todo o país. Um dos fundadores da plataforma, o engenheiro de computação André
Simões defende que o diferencial é não haver “distrações”. A ideia é segmentar.
“Tem a rede social, que é o Facebook, a rede corporativa, que é o LinkedIN, e
nós queremos ser vistos como a rede acadêmica”. Hoje o principal público da
rede são estudantes de Direito e da área de Exatas.
Com formato similar – de amigos e linha do tempo -- o
Academia.edu se especializou em compilar artigos acadêmicos. O professor da
Universidade Federal do Paraná (UFPR) Adriano Codato utiliza o site para
publicar seus trabalhos, na área de Ciências Sociais. Ele especula que talvez
este seja “o futuro dos periódicos científicos”, a autopublicação.
Principalmente porque as “gigantes” do mercado editorial científico cobram
assinaturas altíssimas, em que um único artigo pode custar US$ 45. Por outro
lado, há uma grande desvantagem: “os periódicos não serem mais arbitrados por
outros especialistas antes da publicação, mas depois”.
A vantagem da rede é ter um público mais homogêneo.
Após publicar um artigo, o pesquisador pode abrir uma sessão de discussão sobre
o seu texto, por 20 dias. Outros pesquisadores podem aderir, para ler ou
comentar o debate. A desvantagem é ter um número relativamente reduzido de
usuários. Por isso Codato acredita que diferentes redes podem dialogar entre
si. Menos propício a debates acadêmicos, o Facebook pode ser uma ótima
ferramenta de divulgação, justamente por conter um número maior de usuários.
Ferramenta permite debate com alunos
Há 15 anos na área de Educação à Distância (EaD), Maysa de Oliveira Brum Bueno presta consultoria na área de educação e tecnologia. Ela encontrou no Edmodo uma ferramenta ideal para criar um ambiente virtual de debate com seus alunos de graduação e em seus cursos de formação continuada.
Há 15 anos na área de Educação à Distância (EaD), Maysa de Oliveira Brum Bueno presta consultoria na área de educação e tecnologia. Ela encontrou no Edmodo uma ferramenta ideal para criar um ambiente virtual de debate com seus alunos de graduação e em seus cursos de formação continuada.
A “cara de rede social” do site aproxima os alunos,
que são ariscos às plataformas “via de mão única”, em que só os professores
publicam conteúdo. Os grupos são fechados, só quem tem o código de entrada pode
acessá-los. O que traz algumas vantagens, como a presença de alunos menores de
13 anos, que não podem criar perfis em outras redes sociais. No Edmodo é
possível criar um perfil parental, em que pais e mães podem acompanhar o
rendimento do aluno.
“A tendência hoje não é o ensino
presencial nem a distância, é o híbrido”, que vê na rede social uma forma de
complementar o que é trabalhado em sala de aula, sem uma coisa substituir a
outra. O segredo, diz ela, é que não há um sistema perfeito. As redes sociais
são uma opção, mas se a turma prefere grupo de email ou WhatsApp não tem
problema.
O importante é usar a tecnologia para facilitar a vida.
O que não significa que não dá trabalho. Montar um cronograma de postagens,
revisão on-line, quizz sobre o conteúdo trabalhado em sala, tudo isso leva
tempo. Da mesma forma que preparar uma aula de qualidade dá trabalho. O
ambiente é virtual, mas o trabalho é real. (N.P)
Fonte: Gazeta do Povo
(PR)
Nenhum comentário:
Postar um comentário