Brasil está entre
países com maior investimento em educação.
O documento Education at a Glance 2015, da Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), teve lançamento nesta
terça-feira, 24, em Brasília, destacando o Brasil entre os países que mais
fizeram investimentos públicos em educação nos últimos anos. O evento foi
realizado pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). “O Brasil tem muito que se
orgulhar do que fez, mas tem muito para fazer ainda”, disse o
secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa.
A publicação
compara dados de 38 países. Em 2012, 17,2% do investimento público total
brasileiro foi destinado à educação. Em 2005, esse percentual foi de 13,3%.
Apenas México e Nova Zelândia tiveram maior proporção do que o Brasil.
Da educação básica
à superior, o Brasil investia 2,4% do produto interno bruto (PIB) em 2000,
passando para 4,7% em 2012. Enquanto a média de investimentos dos outros países
é de 3,7%. E a previsão para o Brasil é de chegar a 10% do PIB a partir da
implementação do Plano Nacional da Educação (PNE) na próxima década.
A qualidade dos
recursos educacionais brasileiros também recebeu destaque. O índice que mede
esses recursos mostra que os investimentos nesse campo são quase o dobro da
média da OCDE. O crescimento no período analisado, de 2003 a 2012, foi de 0,63
pontos no Brasil, contra uma média de 0,35 pontos dos demais países.
“Recebemos o retorno dos diretores, que
estão percebendo que as escolas têm mais recursos”, disse o presidente do Inep,
Francisco Soares. É a primeira vez que um país do hemisfério sul participa do
relatório, que apresenta dados sobre a estrutura, o financiamento e o
desempenho de sistemas educacionais de 46 países: 34 países-membros da OCDE,
alguns países parceiros e do Grupo dos 20 (G20).
Para o
presidente do Inep, é importante estar pela primeira vez numa comparação
internacional, ainda que alguns dados já tenham sido divulgados. “É importante
saber como estamos relação a outras realidades”, reforçou Francisco Soares. O
Brasil, em gasto com educação, é o terceiro entre os países comparados. “Ainda
temos uma grande dívida com a educação, mas ela está sendo paga”, afirmou.
Para o
secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, a análise dos dados da
educação e sua comparação com outros países não devem ser entendidas como uma
competição. Mesmo com os avanços vividos pelo país desde os anos 1990, Luiz
Cláudio Costa reforçou a importância dos últimos vinte anos. Para ele, avançar
em educação nas próximas décadas será o grande desafio da sociedade brasileira.
“Educação não é corrida de cem metros, educação é maratona. Você não vai fazer
uma ação agora e ter o resultado daqui a duas semanas”, concluiu.
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