Ataques terroristas deixam dezenas de mortos e
feridos na Bélgica.
Atentados terroristas deixaram dezenas
de mortos e feridos no Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de
metrô Maelbeek em Bruxelas, na Bélgica, na manhã desta terça-feira (22). O número de
vítimas ainda é desencontrado. A imprensa fala em 34 mortos, além de 136
feridos, mas o número não para de crescer. As explosões levaram o país a entrar
em alerta máximo para atentados terroristas.
O primeiro-ministro belga, Charles Michel, condenou o
que classificou de "atentados cegos, violentos e covardes" que
atingiram a capital belga. "Temíamos um atentado
terrorista e aconteceu", lamentou.
Duas explosões ocorreram no aeroporto
e os ataques foram provocados por um homem-bomba,
segundo procuradoria local. Os ataques ocorreram na área de embarque, perto de
um balcão da companhia American Airlines. Vozes em árabe e tiros também teriam
sido ouvidos no local, segundo a imprensa belga.
Uma terceira explosão atingiu a
movimentada estação Maelbeek, que fica perto de um bairro onde parte das
representações da União Europeia está sediada, segundo a CNN.
Embora os bombeiros tenham
mencionado apenas 11 mortos, o número de vítimas diverge entre as agências e
jornais locais. A VRT, TV pública belga, fala em 34 mortos, sendo 20 no metrô e
14 no aeroporto. A RTBF fala em 11 mortos apenas no aeroporto e 15 mortos, além
de 55 feridos, na estação de metrô. O Le Monde diz que 28 pessoas morreram. O
jornal La Libre diz que 136 ficaram feridos. A CNN fala que 130 ficaram
feridos.
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Explosões no aeroporto de Bruxelas deixaram mais de 10 mortos e dezenas de feridos (Foto: Ketevan Kardava/ Georgian Public Broadcaster/AP) |
Um diplomata esloveno ficou ferido nos
ataques. A imprensa local afirma que ele estava se deslocando para o trabalho
de metrô no momento dos ataques, segundo a Reuters.
Ainda de acordo com a CNN, dezenas de pessoas foram
retiradas de macas do aeroporto. As fotos do aeroporto mostram destroços e
vidros quebrados. Imagens divulgadas pela BBC mostram a fumaça e a correria
das pessoas para deixar o aeroporto.
Uma testemunha estava na área de embarque, entrevistada
pela TV5, contou que logo após a primeira explosão houve um “momento de
perplexidade”. Poucos instantes depois, veio a segunda explosão e “ninguém mais
teve dúvida do ataque”, dando início à correria.
O primeiro-ministro belga, Charles
Michel, afirmou que, nesse momento, a prioridade é estabilizar a situação:
reforçar a segurança em alguns pontos onde os serviços de segurança temiam
alguma ameaça e dar socorro às vítimas. O primeiro-ministro pediu calma e
solidariedade para os compatriotas. “Nós estamos face a uma dificuldade, um
desafio. Vamos enfrentar unidos e solidários”, declarou.
Ele disse que existe informações
sobre mortos, mas não citou números. “Há muitos feridos, alguns, graves. É um
momento negro para o nosso país”, afirmou.
Vítimas
A CNN diz que 26 morreram e pelo menos 35 ficaram
feridos. O jornal HLN.BE afirmou que 11 morreram no aeroporto e 10 na estação
do Metrô. A Reuters fala em 13 mortos e 35 feridos, com base em uma TV local. O
jornal local Le Soir também menciona 13 mortos. A RIA Novosti, da Rússia,
informou 11 mortos e 20 feridos.
As autoridades recomendam às
pessoas evitar deslocamentos. O sinal de celular está prejudicado nesse
momento. Por isso, as autoridades orientam a enviar mensagens ou fazer contatos
por redes sociais. As ligações telefônicas devem ser deixadas apenas para
emergências.
As autoridades esvaziaram todas
as estações de metrô e suspenderam o deslocamento de trens em Bruxelas.
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Fumaça no terminal de embarque do Aeroporto Internacional de Zaventem, em Bruxelas, na Bélgica, após explosões (Foto: Daniela Schwarzer / via AP Photo) |
O aeroporto esvaziado e fechado para
pousos e decolagens e o tráfego aéreo foi
interrompido e desviados para outras regiões. A
polícia bloqueou todas as vias de acesso ao complexo. O serviço de ônibus
também foi interrompido.
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Veículos de serviços de emergência no aeroporto de Zaventem (Foto: Francois Lenoir / Reuters) |
Luta contra o
terrorismo
As explosões ocorreram quatro dias após
a prisão, em Bruxelas, de Salah
Abdeslam, principal suspeito pelos ataques de Paris em novembro. Desde o
início da semana passada, a polícia belga faz buscas por suspeitos de terem
participado dos atentados de Paris que deixaram 130 mortos e mais de 200
feridos. Um suspeito foi morto após a invasão de um apartamento. Na
segunda-feira (21), a polícia divulgou a
identidade de mais um suspeito de envolvimento com os ataques.
Conhecido sob a falsa identidade de Soufiane Kayal, ele foi identificado como
Najim Laachraoui, um homem de 24 anos.
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Pessoas andam em estrada de acesso ao Aeroporto de Zaventem bloqueada (Foto: Thierry Monasse / AFP Photo) |
Repercussão
A família real belga divulgou uma mensagem de
solidariedade para as famílias das vítimas dos ataques. "O rei e a rainha
estão transtornados com os atentados no aeroporto e no metrô de Bruxelas. São
atos odiosos e covardes. Os pensamentos emocionados do Rei e da Rainha vão em
primeiro lugar para as vítimas e às suas famílias e ao socorristas que fazem de
tudo para levar assistência às vítimas."
Alemanha
Alemanha
Após as explosões na Bélgica levaram a Alemanha a
refoçar a segurança no Aeroporto de Frankfurt. Ministro do Interior alemão
afirmou eu não há indicações de que os autores dos atentados tenham alguma
relação com a Alemanha, segundo a Reuters.
França
O presidente da França, François Holland, afirmou que os
ataques à Bélgica "atingem toda a Europa". O ministro do Interior
francês, Bernard Cazeneuve, direcionou 1,6 mil policiais a mais para manter a
segurança das fronteiras e no sistema de transportes do país. A França também
reforçou segurança no Aeroporto Charles de Gaulle, na região de Paris. Os trens
de alta velocidade que ligam Paris a Bruxelas, Colônia (na Alemanha) e Amsterdam foram paralisados
completamente, informou a Thalys, companhia que opera o serviço, em seu site
oficial.
A torre Eiffel vai ser iluminada
com as cores da bandeira da Bélgica nesta noite, em homenagem às vítimas,
disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, via Twitter.
Inglaterra
A polícia britânica reforçou sua presença em estações,
aeroportos e outros locais públicos, de acordo com a France Presse. A Eurostar
cancelou trens para Bruxelas, como informou a Reuters. O chefe de
antiterrorismo da polícia britânica, Mark Rowley, esclareceu que a medida não
tem nada a ver com alguma ameaça secreta contra o Reino Unido.
Fonte: G1
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