Dilma e Lula sabiam da corrupção na Petrobras, diz Delcídio.
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O senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) |
O senador cassado
Delcídio do Amaral (sem partido-MS), ex-líder do governo de Dilma Rousseff no
Senado, afirmou nesta segunda-feira (16), no programa "Roda Viva", da
TV Cultura, que tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto a
presidente afastada Dilma Rousseff tinham conhecimento do esquema de corrupção
vigente na Petrobras.
Delcídio afirmou que atuou junto ao ex-diretor da
Petrobras Nestor Cerveró de modo a evitar que ele colaborasse com a Operação
Lava Jato por pedido pessoal de Lula.
O senador cassado afirmou que Lula o teria procurado e
dito: "Nós precisamos resolver essa questão". Só aí teria tomado a
iniciativa de tentar dissuadir Cerveró de falar, mediante oferta em dinheiro e
um plano de fuga do país.
Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR),
em abril passado, o Lula se defendeu das acusações contra ele que constam na
delação do senador cassado. O ex-presidente negou que teria participado do
esquema para tentar impedir que Cerveró fechasse delação premiada no âmbito da
Operação Lava Jato.
Lula negou ainda que tivesse conhecimento de um grande esquema de corrupção na
empresa. Na época, Dilma também negou, em nota, que tivesse conhecimento
do chamado petrolão.
Para Delcídio, o Planalto acreditava que a Lava Jato
colocaria "de cócoras" apenas o Congresso Nacional, mas não chegaria
a atingir o próprio governo. Isso só teria mudado com a aproximação das
investigações de integrantes e colaboradores próximos do governo: "Quando
viram que a água estava batendo no pescoço, quiseram obstruir a Justiça",
acusou.
Aécio
e Furnas
O senador cassado
também foi questionado sobre denúncias de corrupção em Furnas Centrais
Elétricas, de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é acusado de ser beneficiado
de desvios, entre outros políticos.
Delcídio não confirmou supostos benefícios a Aécio,
mas disse que Furnas é a "joia da coroa", uma empresa que está com o
"filé mignon do setor elétrico".
Mas, lembrando sua posição de presidente da CPI dos
Correios, que analisou as denúncias do mensalão no governo Lula, disse que
"a gênese do mensalão surgiu em Minas Gerais".
Impeachment
de Dilma
Delcídio disse
acreditar que "Dilma não volta mais", criticou o PT e defendeu
uma reformulação total do partido. Sobre o futuro do governo Michel Temer, ele
afirmou que ele começou de maneira meio vacilante e que precisará adotar
medidas duras. "É complicado governar um país complexo como o Brasil sem
apoio popular", alertou.
Fonte: Uol
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