Petrobras
muda política e gasolina deve custar menos R$ 0,05 por litro.
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Presidente da Petrobras, Pedro Parente disse que o impacto da redução de preços nas bombas de todo o país vai depender das redes de distribuição e dos donos dos postos |
A
partir do primeiro minuto deste sábado, os preços da gasolina e do diesel
estarão 3,2% e 2,7%, respectivamente, mais baratos na porta das refinarias de
todo o país. A decisão foi anunciada hoje (14) pela Petrobras que mudou a
política de preços para os derivados que vigorava há cerca de uma década. Com a
diminuição de preços, nos postos de gasolina o diesel deverá cair em média 1,8%
e a gasolina 1,4%, em ambos os casos uma queda de R$ 0,05 por litro.
A
nova política, que também passará a vigorar a partir de amanhã, terá como base
os preços da commodities praticados no mercado internacional e
avaliações mensais para reajustes ou não dos preços dos combustíveis para cima
ou para baixo, dependendo da oscilação do preço dos produtos no mercado global.
Para
pôr em prática essa nova política, a Petrobras criou o Grupo Executivo de
Mercado e Preços, que, já em sua primeira reunião, decidiu pela redução hoje
anunciada. Segundo a assessoria da Petrobras, essa é a primeira vez que a
redução de preços dos derivados ocorre desde junho de 2009, quando o diesel
caiu 15% e a gasolina, 4,5%.
Ao
abrir hoje a entrevista, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que o
impacto da decisão nas bombas de todo o país vai depender das redes de
distribuição e dos donos dos postos.
Pedro
Parente explicou que a empresa estará praticando a nova política a partir de
amanhã. “Ela é baseada na paridade internacional de preços, que é assim que
funciona quando você está lidando com uma commoditie, o que é o caso dos
derivados. Sobre essa paridade você coloca a margem da empresa (que leva em
conta vários fatores), e também coloca os tributos e impostos”, disse.
“E, ao anunciar essa nova
política, nós achamos também que seria importante fazer um movimento de preços
levando em conta que tem havido um aumento de importações, especialmente de
diesel, mas também da gasolina, além da sazonalidade do mercado mundial de
derivados”.
Parente
também afirmou que a decisão pela redução não trará impacto nas contas da
Petrobras, “uma vez que, ao estipular o preço, você tem que olhar também o market
share(participação de mercado) e a utilização da capacidade instalada das
refinarias, e não só o preço de venda. E, de acordo com os nossos parâmetros
internos e com o nosso planejamento estratégico, a decisão não coloca em risco
o cumprimento das metas anunciadas [no Plano de Negócios e Gestão 2017-2021 da
companhia].
Nova
política
A
decisão anunciada pela diretoria da Petrobras é uma mudança na política de
preços, adotada na última década.
Na
gestão do ex-presidente Sérgio Gabrielli, diante da alta do preço do barril no
mercado e dos questionamentos sobre se haveria ou não aumento do preço dos
derivados no mercado interno, o ex-presidente da Petrobras era enfático: “A
nossa política é não repassar para os preços dos derivados no mercado interno a
volatilidade (oscilação) do petróleo no mercado externo, mas sim manter uma
curva de médio prazo que mantenha os nossos ganhos na ponta”.
Era
uma política onde a convergência aos preços internacionais se dava no médio e
no longo prazo, os reajustes não tinham periodicidade definida e se davam em
nível decisório no âmbito da diretoria executiva da companhia.
A
partir de agora, as decisões serão tomadas no âmbito do Grupo Executivo de
Mercado de Preços (presidente, mais diretoria de Refino e Gás natural, mais
diretoria Financeira e de Relações com Investidores); terão como referência as
variações do preço dos derivados no mercado internacional; e Relatório Externo
de avaliação 60 dias após o término de cada trimestre.
Em
nota, a Petrobras diz: “como o valor desses combustíveis acompanhará a
tendência do mercado internacional, poderá haver manutenção, redução ou aumento
nos preços praticados nas refinarias a cada mês”.
Fonte: Agência Brasil
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