Comissão
aprova multa para patrão que não assinar carteira de empregado doméstico.
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O projeto de lei aprovado na Comissão de Assuntos Sociais é de autoria da senadora Ana Amélia (E). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.
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O
patrão que não assinar a carteira de trabalho do empregado doméstico pode ser
multado em R$ 805. É o que prevê o Projeto de Lei do Senado (PLS) 771/2015, da senadora Ana Amélia (PP-RS),
aprovado nesta quarta-feira (5) na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) com o
relatório favorável do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). O texto de
Garibaldi foi lido pelo relator ad hoc, senador Humberto Costa (PT-PE).
A
proposta estabelece a multa de no mínimo R$ 805 para os patrões que não
assinarem as carteiras de trabalho dos empregados domésticos, como faxineiras,
babás, caseiros, motoristas e cuidadores de idosos. O projeto prevê, porém, a
isenção do pagamento da penalidade para quem reconhecer espontaneamente o tempo
de serviço prestado pelo empregado, anotar na carteira de trabalho a data de
admissão e o salário pago e recolher as contribuições previdenciárias devidas.
Informalidade
Relator ad
hoc , Humberto Costa ressaltou que a proposta busca desestimular a
informalidade e pressionar o patrão a cumprir a legislação. Ele lembrou que os
fiscais do trabalho não podem entrar na casa das pessoas e, com isso, as
denúncias devem ser feitas pelos empregados nas agências, delegacias e
superintendências regionais do trabalho.
— Por isso, são tão
corriqueiros os descumprimentos da legislação trabalhista nesta seara. Não é
incomum a Justiça do Trabalho se deparar com reclamações trabalhistas movidas
por empregados que, mesmo laborando durante longos anos em prol de determinada
família, nunca tiveram o seu vínculo laboral formalizado, com o consequente
recolhimento das contribuições previdenciárias e a proteção social daí oriunda
— observou, encampando o texto de Garibaldi.
Segundo
a legislação trabalhista, as multas arrecadadas não são destinadas aos
trabalhadores e vão para a conta única do Tesouro Nacional. A proposta aprovada
na Comissão de Assuntos Sociais deve ser analisada agora pelo Plenário do
Senado.
Fonte: Agência Senado
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