Eclipse da superlua
Finalmente chegou o dia! Neste domingo teremos a segunda
Superlua, das três que acontecem no ano, mas que vem com um bônus: será dia de
eclipse lunar também! Desta vez o Brasil estará em situação privilegiada para
acompanhar o evento, que também deve ser visto na costa oeste da África e
Europa, mas também na costa leste dos EUA, mesmo que parcialmente.
E o papo é o seguinte:
O que tem de
especial em um eclipse com uma Superlua?
Não é muito comum acontecer os dois eventos ao mesmo tempo. A
Superlua se dá quando a Lua atinge a fase de cheia a menos de 24 horas do seu
ponto mais próximo da Terra em sua órbita, ponto esse conhecido como perigeu.
Esse ano nós já tivemos uma Superlua em agosto, teremos outra agora em setembro
e finalmente a última em outubro. Ainda que na prática seja muito difícil de
ver diferenças entre as três, a melhor delas é sem dúvida a de domingo agora,
dia 27.
Quando a Lua Cheia ocorre no perigeu, ela surge com o tamanho
aparente maior, até 14% e até 30% mais brilhante. Esse tamanho mais avantajado
é pouco notado quando ela está alta no céu, pois falta alguma coisa perto da
Lua para comparar, mas quando ela surge no horizonte, parece bem maior que
normalmente estamos acostumados a ver. Ela fica mais brilhante também, o que dá
para notar, mesmo dentro de cidades grandes, mas que chega a impressionar se
estivermos em um local escuro.
Aí tem um eclipse nessa Lua do Perigeu (o nome oficial da
Superlua) e fica tudo de bom! Quando a Lua mergulhar na sombra da Terra,
veremos um contraste entre as fases brilhante e escura ainda maior que o
normal, bombando os efeitos do eclipse. A última vez que um eclipse aconteceu
numa Superlua foi há mais de 30 anos e a próxima só deve acontecer daqui a 17
anos.
O que eu preciso para ver o eclipse?
Duas coisas: céu limpo e horizonte aberto! Esse é um dos
eventos astronômicos em que não é preciso nenhum tipo de equipamento, basta que
o céu esteja limpo e que você consiga ver a Lua no céu. Claro que a festa fica
ainda melhor se houver uma luneta ou telescópio disponível. Nesse caso dá para
ver a sombra da Terra percorrendo a superfície lunar, cobrindo as crateras,
vales e montanhas conforme a Lua e a Terra se movimentam. Se você for que nem
eu que gosta de ficar horas contemplando o céu, sugiro usar uma cadeira de
praia ou espreguiçadeira para fiar mais confortável.
Qual o horário do eclipse?
O eclipse lunar total, como é esse caso, é composto de duas
fases: a penumbral e a umbral. A sombra da Terra tem um halo externo mais
tênue, a penumbra, e uma parte bem mais escura ao centro, a umbra. Como o
eclipse é total, a Lua vai mergulhar totalmente em ambas durante seu trajeto no
céu.
Durante a fase penumbral, a Lua escurece um pouco e às vezes
até passa despercebido de tão sutil. Apenas observadores mais atentos conseguem
distinguir o começo dessa fase, quando a borda da Lua toca a penumbra da Terra
(evento chamado de P1 às 21:11), mas conforme ela vai se deslocando sobre ela,
o escurecimento fica mais evidente. A segunda fase é a umbral. Aí sim fica evidente que a
Lua está sendo coberta pela sombra densa da Terra. Quando há o primeiro toque
da borda da superfície lunar com a umbra (evento chamado de U1, às 22:07),
parece que ela perdeu um pedaço de tão escuro que fica e conforme a sombra
avança, o pedaço aumenta junto. Quando a Lua estiver completamente coberta pela
umbra, começando a fase de totalidade no instante U2 (23:11) vai ficar bem
evidente a mudança de sua cor, pois ela deve ficar um tanto mais alaranjada.
Fonte: G1
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