Meta
do Brasil é reduzir emissão de gases em 43% até 2030, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo (27),
na Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, que
o Brasil tem a meta de reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa até
2030. O ano base, segundo ela é 2005.
"Será de 37% até a 2025 a contribuição do Brasil
para a redução de emissão de gases do efeito estufa e para 2030 a nossa ambição
é de redução de 43%", afirmou a presidente em discurso na sede de ONU, em
Nova York.
Ela também citou metas do país
no combate ao desmatamento e no reflorestamento de áreas degradadas
"Até 2020, o Brasil pretende: primeiro, o fim do
desmatamento ilegal no país. Segundo, a restauração e o reflorestamento de 12
milhões de hectares. Terceiro, a recuperação de 15 milhões de hectares de
pastagens degradas. Quarto, a integração de 5 milhões de hectares de
lavoura-pecuária-floresta", disse a presidente.
A reunião sobre desenvolvimento
sustentável na ONU é um preparativo para a Conferência do Clima (COP21), em
dezembro, na França. Dilma ainda fará, nesta segunda-feira, o discurso de
abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
“A Conferência de Paris é uma oportunidade única de
construirmos uma resposta comum ao desafio global de mudanças do clima. O
Brasil tem feito grande esforço para reduzir as emissões de gases de efeito
estufa sem comprometer nosso desenvolvimento econômico e nossa inclusão
social", afirmou Dilma.
Energia
No discurso, que durou cerca de 10 minutos, Dilma citou
também metas do Brasil para a área de energia. Um dos objetivos, segundo ela, é
estabelecer um limite de 45% de fontes renováveis no total da matriz
energética.
"Na área de energia, também temos objetivos
ambiciosos. Primeiro, a garantia de 45% de fontes renováveis no total da matriz
energética [...] Segundo, a participação de 66% da fonte hídrica na geração de
eletricidade. Terceiro, a participação de 23% das fontes renováveis, eólica,
solar e biomassa, na geração de energia elétrica. Quarto, o aumento de cerca de
10% na eficiência elétrica. Quinto, a participação de 16% de etanol carburante
e demais fontes derivadas da cana-de-açúcar no total da matriz
energética", detalhou a presidente.
"As adaptações necessárias frente à mudança do
clima estão sendo acompanhadas por transformações importantes nas áreas de uso
da terra e florestas, agropecuária, energia, padrões de produção e
consumo", continuou Dilma. "O Brasil assim contribui decisivamente
para que o mundo possa atender às recomendações do painel de mudança do clima,
que estabelece limite máximo de 2°C de aumento de temperatura neste nosso
século", concluiu a presidente.
Fonte:
G1
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