Projeto
reúne universidades do Nordeste para estudar vírus causador da Covid-19.
Conhecer o vírus
causador da Covid-19 e propor medidas que sejam eficientes para diagnósticos,
prognósticos e tratamento da doença, com informações colhidas nos estados do
Nordeste são alguns dos objetivos do projeto da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN) aprovado no Programa de Combate a Epidemias da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O trabalho será
desenvolvido por 30 pesquisadores, entre professores da UFRN, da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), da Estadual do Ceará (UECE) e da Federal de
Alagoas (Ufal), além de 15 doutorandos e quatro estudantes de pós-doutorado.
Lucymara Fassarella, coordenadora-geral da Rede Nordeste de Biotecnologia
(Renorbio), é a responsável pela proposta e explicou que o apoio da Capes vai
viabilizar o trabalho de diferentes laboratórios vinculados à rede Renorbio e o
desenvolvimento de 15 teses de doutorado durante a pesquisa.
Projeto
Dividido em quatro
eixos, o estudo reúne dados genômicos, clínicos e moleculares, com uma
abordagem multidisciplinar. Com isso será feita a correlação entre as
características do vírus, as respostas induzidas no hospedeiro e a influência
de microrganismos, com parâmetros de evolução da doença.
O primeiro eixo fará um
sequenciamento do genoma do vírus, a partir de amostra de pacientes
diagnosticados com a Covid-19 nos estados do Nordeste. “Embora já existam relatos do sequenciamento deste genoma, questões
relativas a taxas de mutação, evolução viral e cepas presentes em cada região
ainda são escassos”, contou Fassarella. A cientista explicou que “a
identificação de variantes em um maior número de amostras permitirá traçar
rotas de disseminação e estabelecer taxa de mutação e modelos evolutivos para o
vírus”.
O segundo eixo busca
reconhecer rotas metabólicas e genes que possam ser usados como marcadores para
prognóstico e potenciais alvos terapêuticos, com o uso de ferramentas de
bioinformática. O terceiro usará amostras de pacientes positivos e negativos,
para estimar, por exemplo, a carga viral ambiental e parâmetros ecológicos. Por
fim, a quarta vertente desenvolverá métodos de diagnóstico e tratamento, usando
diferentes abordagens, como testes e novas drogas.
Com informações
da Capes
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