De
volta à PM, carrasco da Lei Seca no RN vira chefe de setor administrativo.
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Styvenson Valentim foi transferido para setor administrativo da PM (Foto: Fernanda Zauli/G1) |
O capitão da PM Styvenson Valentim - que
ficou conhecido pela rigidez na coordenação da Lei Seca no Rio Grande do Norte
- vai assumir a função de Chefe da Seção Administrativa do Centro de Formação e
Aperfeiçoamento da Polícia Militar (CFAPM). A transferência do capitão foi
publicada no Boletim da PM desta segunda-feira (15).
"Não tenho o que discutir sobre a decisão. Fico sentido, triste e
desmotivado, porque tenho um perfil operacional, mas vou cumprir com todo o
zelo qualquer missão que me for dada”, comentou o capitão Styvenson Valentim.
Procurado pela reportagem, o comandante geral
da PM, coronel Dancleiton Pereira, disse que a transferência para a CFAPM não é
"de maneira nenhuma" uma punição ao capitão. "É a escola de
formação da PM, está tendo curso de praças lá agora com cerca de 200 alunos.
Tinha uma vaga para capitão na seção administrativa, mas todos os oficiais que
trabalham lá atuam também como instrutores", explicou.
A saída de Styvenson Valentim da coordenação
da Lei Seca se deu por causa de críticas que ele
fez à atuação de delegados e policiais civis do estado.
Conhecido por ter uma postura
"implacável" e não dar privilégios a ninguém, Styvenson Valentim
ganhou notoriedade na coordenação da Lei Seca, onde atuou desde novembro de
2013. Ele chegou a ser chamado de "carrasco da Lei Seca" e já foi
pivô de várias polêmicas por dar publicidade a casos de pessoas presas nas
blitzen que comandou.
Em maio deste ano vazou um áudio de um grupo
de WhatsApp, de quase dois minutos, no qual o
capitão critica a atuação de delegados e agentes da Polícia Civil do RN.
“Policial civil ganha muito bem para não fazer nada. Delegado ganha 23 mil
reais para não fazer nada", disse o capitão. No áudio, Styvenson
conversava com uma mulher sobre como proceder após ela ter se envolvido numa
determinada ocorrência de trânsito.
A declaração causou revolta entre os
policiais civis e fez o comandante-geral
da PM pedir para que Styvenson deixasse o Detran e fosse devolvido aos quadros
da PM. O pedido foi feito no início de junho. "As operações da
Lei Seca geralmente terminam na delegacia de polícia e as declarações dele
criaram um clima ruim, mesmo ele tendo se retratado. Por isso achamos prudente
evitar esse contato dele com a Polícia Civil. Entendemos que essa é a melhor
atitude, inclusive, para preservá-lo", disse o coronel Dancleiton Pereira
à época do pedido.
Fonte: G1 RN
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