Empresa
é condenada a indenizar funcionário chamado de 'burro de carga' pelo chefe.
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Processo correu no Tribunal Regional do Trabalho em Natal (Foto: Arquivo). |
Uma empresa de Natal foi condenada a pagar indenização de R$ 5 mil por
danos morais a um ex-funcionário que foi chamado de "burro de carga"
pelo chefe. A decisão pe da 3ª Vara do Trabalho da capital potiguar.
O homem foi contratado como auxiliar de loja em outubro de 2013 e
demitido em agosto de 2016. No processo, ele alegou que constantemente recebia
ameaças de demissão, sendo constrangido e destratado pelo chefe, que o chamava
de "burro de carga" e "escravo".
Embora a empresa tenha negado qualquer tipo de constrangimento ou
ofensa, a juíza Derliane Rego Tapajós destacou que uma testemunha revelou que o
chefe do auxiliar costumava chamá-lo de "burro de carga" quando o
mandava levar as caixas de mercadorias.
A testemunha afirmou, ainda, que, em três ocasiões, viu o chefe puxar a
vassoura da mão do auxiliar, dizendo que não era daquela forma que ele deveria
fazer o serviço e que parecia que ele estava doente da coluna, "na frente
de clientes que estavam na loja".
Para a juíza, o depoimento da testemunha comprovou que o chefe submetia
o auxiliar de loja "a tratamento injurioso e degradante", xingando-o
publicamente e menosprezando a forma como ele realizava o seu trabalho.
"O tratamento desrespeitoso do superior hierárquico para com o
reclamante não pode ser chancelado por esta Justiça, pois se traduz em nítido
abuso do poder diretivo ou disciplinar", concluiu Darliane Tapajós.
Para ela, a atitude da empresa "fere diretamente o princípio da
dignidade da pessoa humana e a proteção à honra, direitos fundamentais consagrados
na Carta Magna".
Fonte: G1 RN
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