Poupança
tem melhor resultado para julho em três anos, diz Banco Central.
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Em julho, a captação líquida (depósitos menos retiradas) somou R$ 2,3 bilhões, informou o Banco CentralArquivo/Agência Brasil |
Pelo
terceiro mês seguido, os brasileiros depositaram mais do que sacaram na
poupança. Em julho, a captação líquida (depósitos menos retiradas) somou R$ 2,3
bilhões, informou ontem (4) o Banco Central. O valor é menor que a captação
líquida registrada em junho (R$ 6,1 bilhões), mas foi o melhor resultado para
meses de julho desde 2014, quando os depósitos tinham superado as retiradas em
R$ 4 bilhões.
Apesar
do desempenho positivo nos três últimos meses, as retiradas continuam maiores
que os depósitos em 2017. Nos sete primeiros meses do ano, a caderneta de
poupança registrou saques líquidos de R$ 9,96 bilhões. Mesmo assim, esse foi o
melhor resultado para o período de janeiro a julho desde 2014, quando a aplicação
tinha registrado captações líquidas de R$ 13,6 bilhões.
Até
2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele
ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão
econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta
para cobrirem dívidas, num cenário de queda da renda e de aumento de
desemprego. Em 2015, R$ 53,5 bilhões foram sacados da poupança, a maior
retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7
bilhões.
A
poupança voltou a atrair recursos mesmo com a queda de juros. Isso porque o
investimento voltou a garantir rendimentos acima da inflação, que está em
queda. Nos 12 meses terminados em julho, a poupança rendeu 7,11%. O Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)-15, que funciona como uma prévia da inflação
oficial, acumula 2,78% no mesmo período, no menor nível para o período desde
1999. Na segunda-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulga o IPCA cheio de julho.
Fonte: Agência Brasil
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