Brasil
tem desafio de garantir envelhecimento populacional com qualidade.
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Profissões ligadas aos cuidados com os idosos são as profissões do futuro, diz vice-presidente do Conselho Nacional da Pessoa Idosa (CNDPI), Bahij Amin Auh Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Neste domingo (1º),
comemora-se o Dia Internacional do Idoso. A data foi instituída em 1990 pela
Organização das Nações Unidas (ONU) para homenagear os mais velhos e também
chamar a atenção para as questões que os envolvem. No Brasil, o desafio é
duplo. O país, que era considerado jovem, vive o aumento da expectativa de
vida, que está mudando esse quadro. Até 2060, a população com 80 anos ou mais
deve somar 19 milhões de pessoas, diz o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Até lá, o país tem o desafio de promover a valorização das pessoas mais velhas e garantir políticas para que elas envelheçam com qualidade.
Até lá, o país tem o desafio de promover a valorização das pessoas mais velhas e garantir políticas para que elas envelheçam com qualidade.
Vice-presidente do
Conselho Nacional da Pessoa Idosa (CNDPI), Bahij Amin Auh afirma que a mudança
começa com educação. “O Brasil conquistou a vitória de aumentar a longevidade
da sua população. Hoje, vive-se mais – a média de expectativa de vida da
população brasileira é de mais de 75 anos. Agora, é preciso um amplo programa
educacional, para que toda a população tenha noções básicas sobre o processo de
envelhecimento, para que valorize e respeite a pessoa idosa”.
Hoje, já há previsão
legal, inclusive no Estatuto do Idoso, de 2003, para que os sistemas escolares
trabalhem conteúdos sobre esse tema, mas, segundo Auh, isso não tem sido feito.
Representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ele diz ainda que a
promoção dessa valorização passa pela garantia de mais informações para os
idosos acerca dos seus próprios direitos.
Outro desafio do país é
aumentar a oferta de políticas públicas que garantam que a população idosa
envelheça de forma ativa. “Não adianta um corpo vivo. É preciso que a mente e
as relações das pessoas idosas estejam em atividade”, afirma. Uma das questões
mais relevantes para ele é a política de acolhimento. Diante de mudanças nas
configurações sociais, muitos idosos passaram a ficar sem companhia em casa e
sem receber os cuidados necessários, conversar ou contar com o apoio da família
para desenvolver atividades.
Fonte: Agência Brasil
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