Pedro Corrêa diz
que Aécio indicou antecessor de Duque na Petrobras.
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Aécio Neves foi citado em delação do ex-deputado Pedro Corrêa (Foto: Evaristo Sá / AFP) |
O
ex-deputado federal Pedro Corrêa afirmou em depoimentos
para firmar acordo de delação premiada que Aécio Neves (PSDB-MG) foi
responsável pela indicação do antecessor de Renato Duque na Diretoria de
Serviços da Petrobras durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Segundo
Corrêa, o indicado era Irany Varella, que era responsável por arrecadar propina
com empresários.
Os
depoimentos de Corrêa já foram prestados, mas a delação ainda não foi
homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). São
mais de 70 anexos de colaboração. Se o acordo for aceito, Corrêa pagará R$ 3
milhões de multa, permanecendo preso até março de 2017, quando passará a
cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Em
um destes anexos, Corrêa diz que tanto parlamentares da base aliada, quanto os
da maior parte da oposição, eram “devedores aos empresários que financiavam
suas eleições”. Desta forma, os diretores da Petrobras indicados
pelos políticos “facilitavam os seus negócios e cobravam propina para
distribuir aos partidos políticos”.
“No governo de Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, o
Diretor de Serviços era Irany Varella, indicado na época pelos deputados Aécio
Neves (PSDB-MG), Alexandre Santos (PMDB-RJ), e Paulo Feijó (PMDB-RJ)”, afirmou
o ex-parlamentar. O operador de Varella, de acordo com Corrêa, era um genro que
consegui a propina com os empresários para distribuir entre os padrinhos
políticos.
Conforme
Corrêa, Irany Varella foi substituído no governo Lula por Renato Duque na Diretoria
de Serviços. Duque já foi condenado a mais de 50 anos de prisão em três
processos de primeira instância na Operação Lava Jato, e ainda é réu em outras
ações penais. O juiz Sérgio Moro o condenou pelos crimes de
corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa pela atuação dele
na diretoria da estatal.
O
que diz Aécio Neves
"A
afirmação é falsa e absurda e o delator é desprovido de qualquer credibilidade.
É preciso que se aprofundem as investigações sobre as motivações daqueles que
têm mentido em suas delações premiadas. A reputação de pessoas não pode ficar
refém da inescrupulosa conveniência de delatores".
Fonte: G1
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