Rebelião
acaba após mais de 14 horas no RN; há ao menos 10 mortos.
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Tropa de Choque da PM do Rio Grande do Norte entra na penitenciária estadual de Alcaçuz, na Grande Natal (Foto: Fred Carvalho/G1) |
A
rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, do Rio Grande do Norte, acabou
após 14h20. Os detentos, que se rebelaram às 17h deste sábado (14) (horário
local, 18h em Brasília), se renderam às 7h20 deste domingo (15) após a Tropa de
Choque da Polícia Militar entrar nos pavilhões. Segundo a Secretaria de
Segurança, não houve troca de tiros. Há ao menos dez mortes confirmadas durante
a rebelião, informou o governo estadual do Rio Grande do Norte.
A
rebelião começou com uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5. Segundo o
governo, a briga estava restrita aos dois pavilhões. O pavilhão 5 é o presídio
Rogério Coutinho Madruga, que fica anexo a Alcaçuz. Há separação entre presos
de facções criminosas entre os dois presídios.
Um
helicóptero da PM auxiliou na operação, que envolve Choque, Bope e GOE (Grupo
de Operações Especiais). Às 6h20, era possível ver fumaça negra nos pavilhões e
ouvir bombas de efeito moral do lado de fora da penitenciária.
Alcaçuz
fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal, e é o maior presídio do estado.
A penitenciária possui capacidade para 620 detentos, mas abriga cerca de 1.150
presos, segundo a Sejuc, órgão responsável pelo sistema prisional do RN.
Enquanto
os veículos entravam no complexo penitenciário, pessoas que estavam na porta
aplaudiam e vaiavam os policiais. Há familiares de detentos, que ontem à noite
tentaram furar o bloqueio policial, sem sucesso. Eles dizem que presos que não
estão envolvidos na rixa entre as facções estão pedindo socorro. Com panos
brancos, eles acenaram e pediram paz.
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Blindado da Tropa de Choque da PM do Rio Grande do Norte entra na penitenciária estadual de Alcaçuz, na Grande Natal (Foto: Fred Carvalho/G1). |
Durante
a madrugada, o tenente-coronel Marcos Vinícius, que comanda o Bope, informou
por volta das 2h, que não houve negociação entre PM e presos. A madrugada foi
tranquila, sem tiros nem tumultos aparentes. O complexo ficou sem energia
elétrica desde a noite de ontem. Muitos tiros foram ouvidos e era possível ver
muita fumaça do lado de fora do presídio ontem.
Ontem
à noite, o secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Wallber
Virgolino, afirmou que a determinação era retomar o controle do presídio.
"A ordem já foi dada: retomar o controle de Alcaçuz e evitar rebeliões em
outras unidades", afirmou Virgolino, que diz ter chamado todos os agentes
penitenciários que estavam de folga. O estado possui cerca de 800 agentes
penitenciários.
Fonte: G1 RN
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