CVM
investiga operações de câmbio e ações de executivos da JBS.
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Com delação da JBS, moeda norte-americana subiu mais de 8%. REUTERS/Ueslei Marcelino. |
A
CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu uma investigação sobre os negócios
de câmbio e ações feitos por executivos da JBS após a divulgação de conversa
gravada com o presidente Michel Temer (PMDB) como parte de um acordo de delação
premiada, segundo o jornal Valor Econômico na quinta-feira (19).
Os
depoimentos dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que são presidente do conselho
e presidente-executivo da JBS, puxaram a bolsa brasileira e o real para baixo
na quinta-feira, em meio a temores de que as revelações poderiam derrubar
Temer.
O
presidente negou irregularidades e se recusou a renunciar em pronunciamento.
Sem
identificar as fontes, o Valor disse que a CVM tomou conhecimento de que o
grupo de empresas dos irmãos Batista teria adquirido uma posição superior a US$
1 bilhão no mercado local de câmbio horas antes do vazamento da notícia sobre o
acordo de delação.
A
operação teria sido feita através de vários corretores, a pedido da JBS, de
acordo com o jornal.
CVM
e JBS não responderam a pedidos de comentário da Reuters fora do horário
comercial.
Na
quinta-feira, o
dólar subiu 8,15% ante o real e encostou na marca de R$ 3,40, registrando a
maior alta desde o início de 1999.
A
CVM ainda investiga a venda de ações da companhia por parte dos acionistas
controladores, segundo a reportagem.
A
Reuters noticiou que o grupo de controle da JBS vendeu R$ 329 milhões em ações
da empresa em abril, depois que os irmãos Batista começaram a negociar
secretamente um acordo de delação premiada.
Fonte: Reuters, com informações do R7
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