Jovens
apresentam em feira internacional aplicativo para combater Aedes aegypti.
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Estudantes de Pernambuco criam aplicativo para combater focos de Aedes aegyptiJeovanni Cipriano/ Divulgação |
Com o desejo de ajudar
o bairro onde vivem, em Jardim Brasil, no município de Olinda (PE), estudantes
da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Desembargador Renato Fonseca
usaram a tecnologia e a vontade de ajudar a comunidade para promover uma caça ao
mosquito Aedes aegypti na região.
Com a ajuda de uma
ferramenta online, Jeovani Cipriano, de 19 anos, criou um aplicativo de celular
para que as pessoas denunciassem focos de reprodução do inseto transmissor da
dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Os alunos, então, organizam mutirões
para acabar com o problema.
O embrião do projeto
surgiu em 2014, quando muitos alunos e professores da escola estavam faltando.
Incomodados com isso, o grupo de estudantes se juntou à professora Jorgecy
Cabral, que coordena a biblioteca da instituição, para visitar a casa dos
faltosos e verificar se o surto de dengue que atingia a região era o culpado
pelas faltas. Eles perceberam que os sintomas eram os mesmos.
“Encontramos o
problema, vimos o que estava acontecendo. Fizemos mapeamento ao redor da escola
para saber se havia foco de dengue. Para nossa surpresa, havia atrás, ao lado,
em todos os lugares. Começamos então a fazer mutirões nas ruas”, diz a
professora.
A escola passou a ser
uma referência na comunidade. Muitas pessoas procuraram o local para denunciar
focos de reprodução do Aedes. Foi aí que surgiu a ideia do aplicativo.
Cipriano quebrou a
cabeça por cerca de duas semanas e, por meio de uma ferramenta online de
criação de aplicativos, desenvolveu a plataforma Caça ao Aedes em Jardim
Brasil. “Ninguém tinha conhecimento na área. Fui estudando e fiz”, afirma o
estudante.
Na pesquisa porta a
porta feita pelo alunos na época do surto, eles identificaram um aumento de
300% dos casos. Agora eles trabalham em novos dados. Segundo Jorgecy Cabral, a
pesquisa não está finalizada, mas ela garante que houve redução de infecções no
bairro de Jardim Brasil.
Então estudante do
terceiro ano do ensino médio, Cipriano, que agora cursa jornalismo em uma
faculdade particular, diz também que o aplicativo já recebeu denúncias de focos
em outros estados. “Quando é feita em Olinda a gente tenta resolver. Quando é
em outra cidade a gente encaminha as informações para a secretaria municipal da
localidade”, conta.
O aplicativo é simples e contém informações sobre
sintomas de viroses transmitidas por mosquitos (arboviroses) e dicas para
evitar a proliferação do Aedes aegypti. Há um espaço para fazer uma
denúncia, por escrito, e um mapa onde estão marcados alguns pontos com água
parada. Por dificuldades de funcionalidade, não foi possível marcar uma
denúncia no mapa, mas a comunicação do bairro pode ser facilitada pelo app. Ele
pode ser baixado no Google Play e pelo site.
Fonte: Agência Brasil
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