Marcelo
Odebrecht é interrogado em processo que envolve Antonio Palocci.
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Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo Odebrecht está preso desde junho de 2015 (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters) |
O
ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, será interrogado
pelo juiz Sérgio Moro em uma ação penal da Lava Jato que envolve o ex-ministro
Antônio Palocci e outros 13 réus. O ex-executivo da empreiteira Rogério Santos de
Araújo também será interrogado. Moro é responsável pelos processos da Lava Jato
na primeira instância.
Os
depoimentos serão realizados na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba,
a partir das 14h desta segunda-feira (10).
Palocci
responde pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo.
Ele está preso desde o dia 26 de setembro do ano passado e atualmente está
detido na carceragem da Polícia Federal (PF), na capital paranaense. Ele foi
ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda de Lula
– ambos do Partido dos Trabalhadores (PT).
Marcelo
Odebrecht foi denunciado nesta ação penal pelos crimes de corrupção ativa e
lavagem de dinheiro e também está detido na carceragem da PF. Ele já foi
condenado em outro processo da Lava Jato pelos crimes de lavagem de dinheiro,
associação criminosa e corrupção ativa a 19 anos e 4 meses de prisão.
Dos
quinze réus desta ação penal, onze são delatores.
Suspeita
de propina
O
processo apura se Palocci recebeu propina para atuar em favor do Grupo
Odebrecht, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo
governo federal. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal
(MPF), o ex-ministro também teria participado de conversas sobre a compra de um
terreno para a sede do Instituto Lula, que foi feita pela Odebrecht,
conforme as denúncias.
A
denúncia trata de pagamentos feitos para beneficiar a empresa SeteBrasil, que
fechou contratos com a Petrobras para a construção de 21 sondas de perfuração
no pré-sal. O caso foi delatado pelo ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro
Barusco.
As
investigações mostram que o valor pago pela Odebrecht a título de propina pela
intermediação do negócio chegou a R$ 252.586.466,55. Esse valor foi dividido
entre as pessoas que aparecem na denúncia. Em troca disso, a empresa firmou
contratos que, somados, chegaram a R$ 28 bilhões.
Fonte: G1 RN
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