Temer
avisa aliados que não há espaço para novas 'concessões' em reformas.
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Temer pedirá que os ministros não agendem mais reuniões com os parlamentares em horário de votações importantes na CâmaraBeto Barata/29.03.2017/PR |
Em
reunião no Palácio do Jaburu na noite deste domingo (23) com ministros e
líderes da base aliada, o presidente Michel Temer disse que não haverá
novas mudanças nos textos das reformas trabalhista e previdenciária. "Não
há espaço para concessão", avisou o líder do governo, Aguinaldo Ribeiro
(PP-PB).
O
encontro durou três horas e serviu para a definição da estratégia final para a
votação das duas reformas. Segundo o líder da maioria na Câmara, deputado Lelo
Coimbra (PMDB-ES), Temer disse que o governo considera os relatórios das
reformas como produto final das negociações. A ordem, explicou Lelo, é começar
as conversas finais com as bancadas e captar o sentimento dos deputados.
Nesta
segunda-feira (24), Temer vai se reunir com os ministros que têm influência na
Câmara para pedir que eles se envolvam diretamente nas conversas com os
deputados. O presidente também pedirá que os ministros não agendem mais
reuniões com os parlamentares em horário de votações importantes na Câmara.
Além
de Aguinaldo e Lelo, participaram da reunião no Jaburu o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), o líder do governo no Congresso, deputado André Moura
(PSC-SE), e os ministros Antonio Imbassahy (Governo), Moreira Franco
(Secretaria Geral da Presidência) e Henrique Meirelles (Fazenda).
Meirelles
fez uma apresentação sobre a reunião do FMI (Fundo Monetário Internacional),
realizada em Washington na semana passada, e destacou que a economia brasileira
já dá sinais positivos. Segundo o ministro, as reformas vão consolidar os
avanços dos últimos meses.
Lelo
explicou que a reunião foi para fazer um "ajuste de procedimentos",
deixar claro que não haverá novas concessões nas propostas e envolver toda a
base na reta final das votações das reformas.
— Estamos no aquecimento
da base. A base estava um pouco solta.
A
reforma trabalhista deve ser votada na terça-feira (25) na comissão especial
sobre o tema e ir para o plenário no dia seguinte.
Fonte: Estadão Conteúdo
Por R7
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