Maia
admite adiar votação do segundo turno da reforma da Previdência.
O presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, mantém a expectativa de votar toda a reforma da Previdência ainda
esta semana, mas admitiu que, se houver falta de quórum para garantir a
votação, o segundo turno pode ficar para o segundo semestre.
Maia concedeu entrevista
coletiva no início da madrugada desta sexta, após encerrar a votação no
Plenário. Ele avalia ainda que pode ser arriscado deixar o segundo turno para
sábado, já que pode correr o risco de desmobilização dos parlamentares que
podem retornar para suas bases eleitorais.
“Terminar
tudo agora é melhor, mas como o Senado não vai votar agora, não tem nenhuma
gravidade (deixar para o segundo semestre) ”, avaliou.
Rodrigo Maia explicou
que a votação desta quinta começou tarde e isso atrasou a votação, já que vários
destaques apresentados pela oposição poderiam alterar significativamente o
texto principal, e a construção do acordo para derrubar esses destaques
demorou. Ele também disse que encerrou a votação no início da madrugada porque
o quórum já estava baixo e havia risco de derrota em outras propostas que
alteravam a reforma.
“Se tivesse organizado
e começado às 14h, a gente tinha votado o primeiro turno. Hoje, a gente termina
os destaques, encaminha para a comissão especial e vê se consegue a mobilização
para votar o segundo turno no sábado, mas é arriscado. Semana que vem também
pode ser uma opção”, disse o presidente.
Em relação aos
destaques que modificam pontos importantes da reforma, Maia afirmou que as
alterações não desidratam o texto. Segundo ele, todos esses trechos foram
negociados com a equipe econômica e o impacto é mínimo na economia pretendida.
“Não é uma
desidratação: é um acordo que construímos com o secretário Rogério Marinho
naquilo que era possível ceder em relação ao todo para não se perder o
principal. Não vai perder muita coisa, em alguns destaques teve perda de
receita, mas também teve ganho de receita”, explicou Maia.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Wilson Silveira
Fonte; 'Agência Câmara Notícias'
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