Covid-19:
Ministério da Saúde prevê começo de reforço bivalente em 27 de fevereiro.
O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (26), a previsão de iniciar o reforço bivalente de imunização contra a Covid-19 no fim de fevereiro. A perspectiva foi apresentada durante a primeira reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2023, realizada em Brasília (DF), na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).
A expectativa da Pasta é
que, a partir de 27 de fevereiro, pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos,
comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, recebam o reforço bivalente.
Confira como será a divisão:
Fase 1: pessoas
acima de 70 anos, imunocomprometidos, comunidades indígenas, ribeirinhas e
quilombolas;
Fase 2: pessoas
entre 60 e 69 anos;
Fase 3: gestantes
e puérperas; e
Fase 4: profissionais
de saúde.
As informações foram
apresentadas pelo diretor do Departamento de Imunização e Doenças
Imunopreveníveis (SVSA/MS), Éder Gatti. "Fechamos o ano de 2022 com baixa
cobertura vacinal em quase todas as imunizações. Também encontramos um baixo
estoque de vacinas. Por isso, temos o risco real de desabastecimento de
imunizantes importantes para o nosso calendário, como a BCG, Hepatite B e
tríplice viral, por exemplo", alertou.
Com o cenário, Éder
pontuou o risco da reintrodução de casos de poliomielite em território nacional.
"Os nossos passos serão de reforço ao compromisso com a ciência, o
fortalecimento da atenção primária e ações complementares, como a vacinação nas
escolas", adiantou.
Diálogo permanente
Durante a reunião da
Comissão Intergestores Tripartite, a ministra da Saúde, Nísia Trindade,
reforçou o diálogo interfederativo entre União, estados e municípios, e
destacou a importância do trabalho conjunto na tomada de decisões.
"Este é um momento
histórico (de retomada de diálogo). A nossa política deve ser de cuidado e
construção coletiva. Pensar em saúde não pode ser uma visão de gasto social,
mas um componente essencial da cidadania",
afirmou Nísia.
A titular da pasta
acrescentou outras pautas de destaque, como a recuperação do Programa Farmácia
Popular, a retomada de novas bases do Programa Mais Médicos e a redução de
filas no Sistema Único de Saúde.
A cerimônia contou com a
presença de representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Wilames Bezerra,
presidente do Conasems, declarou que enxerga “o Sistema Único de Saúde do
Brasil como um grande patrimônio da nação, que deu respostas à população nos
momentos mais precisos, como no combate à pandemia de Covid-19".
Na avaliação de Cipriano
Maia, presidente do Conass, o momento de diálogo entre os entes
interfederativos requer comemoração. "Desde a mudança de governo,
estamos prenunciando que viveremos tempos diferentes, com diálogo permanente na
construção do SUS. Isso, não podemos esquecer, é realizado em tripartite",
defendeu.
Política pública
Representante da
Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) no Brasil, Socorro Gross,
considerou que a reunião é o momento de dar transparência às decisões de saúde.
"Um SUS mais resiliente, construído de forma social, não é uma utopia, mas
o que as pessoas precisam e podem ter. Nós, da Opas, unimos forças com o
Ministério da Saúde para construir este SUS", garantiu.
Por Edis Henrique Peres/Ministério da Saúde.
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