Fórum
Mundial da Água vai alertar população sobre urgência de consumo racional.
Como parte da
preparação para o 8º Fórum Mundial da Água, que ocorrerá em Brasília, entre os
dias 18 e 23 de março, a organização do megaevento reuniu hoje (22), no anexo
do Palácio do Planalto, governadores, prefeitos e autoridades regionais e
locais. O objetivo é atrair os governantes em apoio ao movimento global.
Durante o dia, ocorreram palestras para apresentação dos principais tópicos da
pauta do fórum.
Além da apresentação da
programação do evento, que espera receber cerca de 40 mil representantes de
diversas partes do mundo, houve também conversa com enfoque em aumentar a
conscientização da população no que diz respeito ao uso consciente da água.
“O fórum tem o objetivo
de reunir não apenas prefeitos e governadores, mas também juízes,
parlamentares, organizações não governamentais, ministros de Estado, além da
sociedade civil e academia, para ter uma discussão aprofundada sobre todos os
temas relativos à água, principalmente tendo em vista os objetivos do
desenvolvimento sustentável, que foram escritos na agenda 2030, que é um
compromisso de todos os países-membros da Organização das Nações Unidas”,
destacou o presidente da comissão política do fórum, Reinaldo Salgado.
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Governadores e prefeitos participam de Encontro Preparatório para o 8º Fórum Mundial da Água, que será realizado em 2018 em Brasília. Antonio Cruz/Agência Brasil |
Dados
De acordo com as Nações
Unidas, até o ano de 2030, a demanda por água no mundo deve subir em 50%. De
todo o esgoto gerado pela população mundial, 80% retornam para a natureza sem
nenhum tratamento. Segundo levantamento do Instituto Trata Brasil, apenas 50,3%
do esgoto doméstico são coletados no país. Isso significa que cerca de 100
milhões de brasileiros não têm acesso a esse serviço.
Além da poluição, a
escassez de água é outro problema. De acordo com a ONU, dois terços da
população mundial sofrem com falta de água. Destes, metade vive na China e na
Índia. O cenário é ainda mais preocupante quando a perspectiva é que em 2030,
70% da população mundial se concentrará nas cidades, isso aumentará a demanda
por água.
Segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS), a cada R$ 1 investido em saneamento, se obtém economia
de R$ 4 em relação à saúde da população.
“A falta de consciência
ambiental afeta a preservação e compromete o futuro das nossas próximas
gerações”, disse Salgado.
Com informações da Agência Brasil
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