Ministro
da Educação diz que Fies será reformulado e terá mais vagas em 2017.
O
ministro da Educação. Mendonça Filho, disse hoje (28) que pretende reformular e
aumentar o número de vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). “Nosso
compromisso com relação ao Fies é que a gente possa ter um Fies turbinado e que
seja sustentável no médio e longo prazo”, disse após dar palestra na Associação
Comercial de São Paulo.
Em
2017, o programa que facilita o acesso ao ensino superior deverá, segundo o
ministro, ir além das 225 mil vagas oferecidas neste ano. “Nós pretendemos ter
mais vagas para o próximo ano. Mas eu não posso fixar enquanto nós não
concluirmos essa avaliação”, acrescentou Mendonça sobre os trabalhos que devem
ser concluídos entre o final deste ano e o início do próximo.
As
mudanças no fundo devem, de acordo com o ministro, contornar os problemas
financeiros detectados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “Vocês
acompanharam aquilo que foi publicado a partir do relatório do Tribunal de
Contas da União, que, infelizmente, demonstrou um enorme rombo potencial hoje e
projetado para o futuro com relação ao Fies. Então, a gente precisa ter cuidado
em preservar esse mecanismo importantíssimo de acesso ao ensino superior no
nosso país”, enfatizou.
TCU
Na
última sexta-feira (25), o TCU anunciou que pretende ouvir os ex-ministros da
Educação Fernando Haddad, Aloízio Mercadante e José Henrique Paim Fernandes, a
respeito das gestões anteriores (2005 a 2015). Segundo o tribunal, a gestão e a
expansão do fundo entre 2010 e 2015 não evitaram riscos, nem corrigiram desvios
que podem levar à insustentabilidade do Fies.
As
destinações orçamentários para o programa vinham, de acordo com o TCU, sendo
subestimadas. A análise feita pelo tribunal aponta que, em 2013 e 2014, os
valores previstos nas propostas de orçamento enviadas ao Congresso Nacional
estavam muito aquém do necessário para cobrir as despesas com as mensalidades
dos estudantes.
A
forma de expansão dos financiamentos foi feita, segundo o TCU, de forma
temerária, especialmente porque, a partir de 2014, foi dispensada a exigência
de fiador aos estudantes. Assim, todos os beneficiários passaram a ser
avalizados pelo Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo, o que
extrapolou os limites desse fundo destinado a cobrir perdas do sistema de
crédito estudantil.
Fonte: Agência Brasil
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