Brasil
ficará melhor após a Lava Jato, diz ministro da Transparência.
![]() |
Wagner de Campos Rosário participa de seminário sobre o combate à corrupção no BrasilFernando Frazão/Agência Brasil |
O
país ficará melhor após a Operação Lava Jato, no que se refera ao combate à
corrupção. A opinião é do ministro interino da Transparência e
Controladoria-Geral da União, Wagner de Campos Rosário. Ele participou, nessa
quarta-feira (14), do seminário Abordagem sobre o combate a Corrupção no Brasil
- Os Órgãos de Controle, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no Rio
de Janeiro.
“Eu acho que o Brasil vai
sair melhor. Porque todos os países que melhoraram ou mudaram uma rotina de
combate à corrupção passaram por um momento crítico. A Lava Jato é um momento
crítico em que o problema da corrupção está sendo exposto, não só por meio da
investigação, mas na fala dos próprios envolvidos. Hoje nós estamos com a
realidade escancarada, não existe mais desculpa para dizer 'eu não enxergo, eu
não entendo'. Essas informações vão modificar a vida dos brasileiros”, disse o
ministro.
Para
ele, não é possível dizer que atualmente haja mais corrupção do que antigamente,
porque no passado não havia tantas ferramentas tecnológicas para detectar atos
ilícitos, como existe hoje em dia.
“Hoje temos mais meios de
detecção, o que gera uma ideia de que a corrupção está aumentando. Mas, quando
a gente não tinha meios de detectar, não sabia como ela ocorria. Como nós temos
grandes casos aparecendo, a percepção na população é maior”, disse Campos
Rosário.
Segundo
ele, a estrutura do ministério está abaixo do necessário, para um país da
dimensão do Brasil. Ele citou o caso de outros países, menores, mas que têm
mais funcionários dedicados ao controle interno.
“Nós temos hoje cerca de
2, 4 mil servidores, é um número relativamente pequeno. A Espanha, que é um
país sete vezes menor que o nosso, tem 3,5 mil servidores na área de controle
interno”, comparou o ministro, que é oficial do Exército, formado na Academia
das Agulhas Negras, e está na Controladoria-Geral da União (CGU) desde 2009.
Uma
das iniciativas que ele destaca é o Selo Pró-Ética, um programa de fomento para
que as empresas implementem programas de integridade.
“Este ano, as inscrições
contaram com cerca de 200 empresas espalhadas pelo Brasil, que encaminharam
seus programas de compliances [conformidades], para análises por
nossa equipe. No ano passado, foram 92 empresas. Uma das grandes propagandas de
uma empresa atualmente é ser íntegra”, destacou o ministro, lembrando que
algumas empresas ganham concorrências internacionais justamente por terem esse
tipo de certificado.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário