Janot
usa postagem de Aécio em rede social para reforçar pedido de prisão.
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Aécio NevesAdriano Machado/Reuters |
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, utilizou postagem do senador
afastado Aécio Neves (PSDB-MG) em rede social para reforçar argumentos do
pedido de prisão do tucano.
No
dia 30 de maio, o presidente licenciado do PSDB publicou foto de reunião com os
senadores Tasso Jereissati (CE), Antonio Anastasia (MG), Cássio Cunha Lima (PB)
e José Serra (SP). "Na pauta, votações no Congresso e a agenda
política", escreveu Aécio.
O
pedido de prisão de Aécio será julgado na próxima terça-feira (20) ao mesmo
tempo que o pedido de anulação do afastamento, apresentado pela defesa.
"A despeito da
suspensão do exercício das funções parlamentares, decretada judicialmente no
âmbito dessa Ação Cautelar, AÉCIO NEVES continuou exercendo suas funções,
conforme reunião divulgada por ele mesmo em redes sociais no dia
30/05/2017", disse Janot.
Janot
afirmou que Aécio faz "uso espúrio do poder político" e que isso é
possibilitado pelo "aspecto dinâmico de sua condição de congressista
representado pelo próprio exercício do mandato em suas diversas dimensões,
inclusive a da influência sobre pessoas em posição de poder".
Outro
ponto que Janot atribui a Aécio é "sua plena liberdade de movimentação
espacial e de acesso a pessoas e instituições, que lhe permite manter encontros
indevidos em lugares inadequados".
"Tem-se, assim,
robustos elementos apresentados alhures demonstrativos da imprescindibilidade
da prisão do Senador Aécio Neves, para preservar, não apenas a ordem pública,
mas também a própria instrução criminal das investigações em curso. Com mais
razão ainda, os mesmos fundamentos servem de base para a indispensável
manutenção das medidas cautelares diversas fixadas provisoriamente, na decisão
monocrática de 17/5/2017", afirmou Janot.
O
senador é suspeito de ter pedido e ser o destinatário final de R$ 2 milhões
repassados pela JBS em vantagens indevidas.
Fonte: Estadão Conteúdo e R7
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