Temer
indica Raquel Dodge para PGR no lugar de Rodrigo Janot.
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Indicação de Dodge ainda será submetida ao Senado Federal. Ueslei Marcelino/Reuters |
O
presidente Michel Temer indicou nesta quarta-feira (28) a subprocuradora-geral
da República, Raquel Dodge, para substituir Rodrigo Janot na PGR
(Procuradoria-Geral da República), afirmou o porta-voz da Presidência,
Alexandre Parola.
— A doutora Raquel
Dodge é a primeira mulher a ser nomeada para a Procuradoria-Geral da
República.
Com
a indicação, Temer quebra a tradição mantida pelos presidentes Luiz Inácio Lula
da Silva e Dilma Rousseff de nomear sempre o primeiro colocado da listra
tríplice eleita pela categoria. Raquel Dodge ficou em segundo lugar na eleição
interna da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República).
O
primeiro colocado da votação, o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino,
é aliado de Janot, que no início da semana denunciou Temer por corrupção passiva. A
Constituição confere ao presidente a prerrogativa de escolher o chefe do
Ministério Público Federal. O presidente não é obrigado a seguir nenhuma
indicação da lista.
A
indicação de Raquel para substituir Janot, que encerra o mandato em 17 de
setembro, terá de ser submetida ao Senado. Os senadores vão precisar sabatinar
e aprovar o nome da indicada em votação secreta no plenário da Casa.
Raquel
Dodge
Raquel
Elias Ferreira Dodge é subprocuradora-Geral da República e oficia no STJ
(Superior Tribunal de Justiça) em matéria criminal. Integra a 3ª Câmara de
Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao Consumidor e à
Ordem Econômica. É membro do Conselho Superior do Ministério Público pelo
terceiro biênio consecutivo.
Dodge
foi Coordenadora da Câmara Criminal do MPF, membro da 6ª Câmara, Procuradora
Federal dos Direitos do Cidadão Adjunta. Atuou na equipe que redigiu o I Plano
Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, e na I e II Comissão
para adaptar o Código Penal Brasileiro ao Estatuto de Roma.
A
indicada também atuou na Operação Caixa de Pandora e, em primeira instância, na
equipe que processou criminalmente Hildebrando Paschoal e o Esquadrão da Morte.
Ela é mestre em direito pela Universidade de Harvard e ingressou no MPF (Ministério
Público Federal) em 1987.
Fonte: Do R7, com Reuters e Estadão Conteúdo
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