Uma
a cada cinco crianças vive na pobreza nos países ricos, aponta Unicef.
Por France Presse
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Criança brinca com uma pipa nos arredores de Herat, no Afeganistão (Foto: Aref Karimi / AFP Photo) |
Uma
a cada cinco crianças nos países ricos vive na pobreza, segundo um relatório da
Unicef publicado nesta quinta-feira (15), que estabelece uma classificação
sobre o bem-estar infantil.
Dois
países do norte da Europa - Alemanha e Suíça - lideram em termos de progresso
social em favor das crianças, enquanto Romênia, Bulgária e Chile encerram a
lista, segundo a Unicef, que observa que os três últimos têm renda per capita
menor.
Este
não é o caso de Estados Unidos (37º entre 41 países) ou da Nova Zelândia (34º),
o que revela que "renda nacional elevada não basta para garantir bons
resultados em termos de bem-estar para as crianças", destaca o relatório
elaborado pelo centro de pesquisas Innocenti da Unicef.
Eslovênia,
na nona posição, supera amplamente países mais ricos em vários indicadores.
A
classificação inclui 41 países da União Europeia (UE) e foi elaborada com base
em nove dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos em 2015 pela
ONU, como redução da pobreza e da fome, e promoção da saúde, bem-estar e
educação.
Em
média, uma a cada cinco crianças (21%) nestes 41 países de "alta
renda" vive na pobreza, apesar de grandes desigualdades: uma a cada dez na
Dinamarca e Islândia, enquanto na Espanha (16ª posição) o índice é de 30,5%, no
México (38º), 31,6%, e no Chile, 25,5%.
Obesidade
A
obesidade em crianças com entre 11 e 15 anos, que "constitui igualmente
uma forma de má nutrição", cresce na grande maioria destes países.
A
taxa de mortalidade neonatal (durante as quatro primeiras semanas de vida) foi
reduzida nos últimos anos, mas Canadá, Estados Unidos, Chile, México, Bulgária
e Turquia ainda apresentam índices superiores à média de 2,8 mortes por mil
nascimentos.
Os
países do sul da Europa (Portugal, Itália e Espanha) apresentam os índices mais
baixos de suicídio entre adolescentes e a Nova Zelândia, o mais elevado. No
geral, esta taxa caiu nos últimos anos na maioria destes países.
Também
há uma clara redução da embriaguez entre os adolescentes a partir de 2010,
assim como no índice de natalidade neste grupo.
Finalmente,
inclusive em países com os melhores resultados em educação, como Estônia,
Japão, Finlândia e Canadá, quase um a cada cinco alunos de até 15 anos não tem
um nível de competência mínimo em leitura, matemática e ciências.
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