Governo
autoriza reajuste de até 4,76% no preço dos remédios.
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Medicamentos subirão entre 1,36% e 4,76% (Foto: Pâmela Fernandes/G1) |
Os preços
dos remédios poderão subir até 4,76% a partir desta sexta-feira (31). Resolução
da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão do governo
formado por representantes de vários ministérios, fixou em 4,76% o reajuste
máximo permitido aos fabricantes na definição dos preços dos medicamentos. A
decisão foi publicada no "Diário Oficial da União".
A
regulação é válida para um universo de mais de 19 mil medicamentos disponíveis
no mercado varejista brasileiro.
Em
2016, o reajuste máximo autorizado foi de 12,5%.
Em 2015, foi de 7,7%. Em 2014, o reajuste foi de 5,68%.
De
acordo com a portaria, o reajuste leva em conta o Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 10 de março de 2017, acumulando uma taxa de 4,76%, no
período compreendido entre março de 2016 e fevereiro de 2017.
Foram
autorizados 3 níveis diferentes de alta, conforme o perfil de concorrência dos
produtos, seguindo a lógica de que, nas categorias com um maior número de genéricos,
a concorrência é maior e, portanto, o aumento também pode ser maior.
Nível 1: Classes
terapêuticas sem evidências de concentração - 4,76%
Nível 2: Classes
terapêuticas moderadamente concentradas - 3,06%
Nível 3: Classes
terapêuticas fortemente concentradas - 1,36%
Sindicato
contesta
Em
nota, o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo
(Sindusfarma) informa que o reajuste médio ponderado é de 2,63% e que esses
índices autorizados "não repõem a inflação passada (IPCA), no acumulado de
12 meses (março de 2016 a fevereiro de 2017) e muito menos os aumentos
incorporados à estrutura de custos do setor".
"Entre 2008 a 2016,
para um reajuste de preços dos medicamentos acumulado de 58,83%, a inflação
geral acumulada atingiu 77,20% (INPC-IBGE) e os aumentos de salário concedidos
pelo setor somaram 93,41%. Se todas as apresentações de medicamentos forem
reajustadas pelos índices máximos autorizados, o aumento médio de preços dos
medicamentos deverá ficar abaixo da inflação geral", informou.
Fonte: G1
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